Santander amplia autenticação por biometria facial a 10 milhões de correntistas
Por Roseli Andrion | Editado por Claudio Yuge | 07 de Dezembro de 2021 às 23h40
A autenticação por biometria facial do Santander vai ficar disponível para cerca de 10 milhões de clientes que utilizam o celular em transações bancárias do dia a dia. A implantação será gradual e opcional, a partir de sugestão de cadastro a correntistas pessoas física e jurídica.
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A ideia é permitir que operações que exigem presença física no banco sejam feitas pelo aplicativo. Isso inclui o aumento de limites para transações e a habilitação do ID Santander em novos celulares — ao fazer a validação facial e assegurar que o dispositivo é legítimo, o sistema impede o cadastramento de aparelhos celulares por fraudadores.
O reconhecimento facial é uma das formas mais seguras de identificação. “Hoje, o cliente compra um carro ou um imóvel e, por segurança, precisa habilitar a transferência do valor em uma agência. Com o uso de biometria facial, isso poderá ser feito de forma remota e autônoma pelo correntista”, explica Marcela Ulian, superintendente executiva de negócios digitais do Santander.
A executiva destaca que, além de ser opcional, a adesão ao recurso pode ser desabilitada a qualquer momento. “Estamos implantando na prática o conceito de banco na mão”, acrescenta Marcela. Ela acrescenta que, conforme os clientes aderirem à função, o Santander vai criar uma base de dados própria para substituir a base de terceiros.
Atualmente, cerca de 92% das operações feitas por clientes pessoa física do Santander ocorrem de forma digital. Entre os clientes pessoa jurídica, o volume é superior a 95%. Com a biometria facial, o banco estima que as transações por celular devem aumentar 2,5 pontos percentuais para pessoas físicas e 5 pontos percentuais para pessoas jurídicas.
Atendimento consultivo
As agências físicas, então, devem se tornar espaços cada vez mais voltados ao atendimento consultivo. Os especialistas serão dedicados à orientação especializada dos clientes, à geração de negócios e à resolução de problemas de alta complexidade.
Segundo o Santander, a biometria facial vai aumentar o nível de segurança das transações feitas no aplicativo. Assim, mesmo que o correntista tenha o celular furtado, o infrator não vai conseguir fazer operações sem a imagem cadastrada.
Segundo Lee Waisler, superintendente executivo de prevenção a fraudes do Santander, a biometria facial permite a contenção de novas técnicas de fraudes e golpes, bem como facilita a confirmação instantânea de transações suspeitas, que poderiam não ser autorizadas.
Waisler diz que o Santander é uma bantech. “Reunimos os atributos de banco tradicional e de fintech. Somos capazes de fazer investimentos elevados em segurança cibernética enquanto mantemos a agilidade e a comodidade que nossos correntistas esperam de nós”, conclui.