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Google abandona corrida por oferta de solução em cloud para o Pentágono

Por| 09 de Outubro de 2018 às 09h55

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Google abandona corrida por oferta de solução em cloud para o Pentágono
Google abandona corrida por oferta de solução em cloud para o Pentágono
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A Google anunciou que está deixando de participar da licitação do Departamento de Defesa dos Estados Unidos para ofertas de serviços não declarados em cloud computing. A competição, referida publicamente como The JEDI Cloud Deal (ou “The Joint Enterprise Defense Infrastructure Cloud Deal”) veio a público em junho. O motivo de sua retirada, segundo comunicado da própria empresa, foi a atualização de seus termos de uso e diretrizes corporativas.

“Nós não pudemos nos certificar de que [o JEDI Deal] estivesse alinhado com princípios corporativos em IA e, além disso, determinamos que partes do contrato não estavam dentro do escopo de nossas certificações governamentais atuais”, disse um porta-voz da empresa à Reuters.

Sobre os “princípios” mencionados, a Google atualizou recentemente os termos de emprego governamental de suas tecnologias, barrando qualquer uso delas para o desenvolvimento bélico. Em suma, a Google não quer que suas soluções e recursos sejam usados na criação de armas. Os detalhes do projeto não são divulgados nesta finalidade, mas as informações públicas dizem que o JEDI consiste em uma parceria público-privada de resguardo de todos os dados do Pentágono dentro de uma nuvem terceirizada, a ser oferecida pela empresa escolhida.

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Enquanto ainda estava no pleito, a Google sofreu críticas do público e até de seus próprios funcionários, que acusavam a empresa de ir contra os seus próprios princípios ao oferecer serviços ao Departamento de Defesa norte-americano sem oferecer certezas de que eles não seriam utilizados no desenvolvimento bélico ou na violação de direitos humanos.

Ainda ficam na corrida a Microsoft e a Amazon. Ambas possuem um nível de certificação de segurança federal mais alto que a Google e uma delas deve abocanhar o contrato, cujo valor gira em torno de US$ 10 bilhões. A Amazon é tida como a favorita.

Fonte: Reuters