Funcionários da Faraday Future não devem voltar para seus cargos no próximo mês
Por Wagner Wakka |
Os funcionários da Faraday Future, fabricante de carros elétricos, não devem voltar de licença para seus antigos empregos. Eles entraram em férias coletivas em dezembro do ano passado depois que a sua principal investidora, o Evergrande Group, se negou a dar um adiantamento à empresa.
Criada em 2014, a empresa concorrente da Tesla é considerada um dos maiores fiascos do mercado. Dois anos depois, ela informou que tinha 64.100 reservas do recém-anunciado SUV FF 91, quando na verdade esse número era de apenas 60.
Tal escândalo veio à tona em novembro, quando dois executivos da companhia abandonaram seus cargos. A empresa também mandou todos os funcionários contratados até maio de 2018 para casa sem remuneração.
O problema é que a companhia contava somente com US$ 18 milhões em caixa para suprir uma dívida de US$ 59 milhões com fornecedores. Com isso, ela pediu um adiantamento para o Evergrande Group de US$ 1,2 bilhão , acordo que terminou em processo no Tribunal do Distrito Central da Califórnia, nos EUA. A Faraday Future alega que a investidora está forçando a falência antecipada da companhia.
O problema é que, com o processo rolando, a companhia não poderia mais buscar outros investimentos. Foi só bem no final do ano passado que o Evergrande concordou em liberar a Faraday Future para encontrar novas pessoas interessadas em seus negócios.
A companhia informou que, apesar dos esforços para buscar novos parceiros, ela está ainda longe de conseguir alguém que aceite bancar não só os prejuízos, mas que também leve o negócio adiante.
Anunciado em 2016, o FF 91 deveria ser mais rápido que os veículos da Tesla. O preço dele seria de US$ 200 mil com antecipação de US$ 5 mil para reservar a compra. Como apenas 60 pessoas entraram na pré-venda, a companhia não conseguiu levar o projeto adiante. Até agora, ela só apresentou um protótipo do veículo no ano passado.
Fonte: The Verge