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Funcionários da Blizzard criam "vaquinha" para combater disparidade de salários

Por| 05 de Agosto de 2020 às 15h35

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Funcionários da Blizzard criam "vaquinha" para combater disparidade de salários
Funcionários da Blizzard criam "vaquinha" para combater disparidade de salários
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Mais uma polêmica assola o mundo dos games nesta semana. Segundo a Bloomberg, funcionários da Blizzard teriam criado uma espécie de vaquinha para combater a disparidade de salários dentro da empresa. SA medida, que é secreta e, até então, fora do conhecimento dos executivos da empresa, foi feita depois dos recentes aumentos salariais que, segundo os trabalhadores, foi desigual.

Um funcionário não-identificado da Blizzard criou uma planilha e incentivou a equipe a compartilhar suas informações de remuneração. O documento anônimo, que foi obtido pelo pessoal da Bloomberg, contém dezenas de supostos salários dessas pessoas, sendo que a maioria teve reajuste de 10%, bem menos do que eles esperavam.

Por mais que a Blizzard tenha dito que os aumentos estavam na média dos 20%, isso não se comprovou na prática. Com a receita aumentando anos após ano, os funcionários acreditam que a disparidade poderia ser menor. Para se ter uma ideia, produtores e engenheiros da empresa chegam a ganhar US$ 100 mil por ano, enquanto o pessoal que cuida da parte de atendimento ao cliente e testadores dos jogos ganham um salário mínimo, que gira em torno dos US$ 15 mil anuais.

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De acordo com a Bloomberg, que entrevistou um funcionário veterano da companhia, algumas posições chegaram a receber um aumento irrisório, na casa dos US$ 0,50 por hora. Segundo ele, o ganho líquido é menor do que em outros tempos, pois a carga de horas extras, que dão um dinheiro a mais no fim do mês, está bem menor.

Também há relatos de vários ex-funcionários da Blizzard, que disseram que só receberam aumentos salariais significativos depois de partirem para outras empresas, como a Riot Games, uma das principais rivais e que tem sede em Los Angeles - a Blizzard fica em Irvine, também na Califórnia.

O que diz a Blizzard?

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"Nosso objetivo sempre foi garantir uma remuneração justa e competitiva aos nossos funcionários. Estamos constantemente revisando as filosofias de remuneração para melhor reconhecer o talento dos nossos melhores desempenhos e nos manter competitivos no setor, tudo com o objetivo de recompensar e investir mais nos melhores funcionários. Este ano, os melhores quadros da Blizzard receberam um aumento salarial 20% superior ao dos anos anteriores e mais pessoas receberam promoções", afirmou Jessica Taylor, porta-voz da Activision Blizzard.

Por mais que a empresa seja administrada de maneira independente da Activision, sua controladora, é possível que os recentes cortes e remanejamentos da empresa-mãe tenham afetado o desempenho da Blizzard. No ano passado, a publisher eliminou centenas de empregos e pediu que alguns funcionários acumulassem o trabalho, mas sem aumento de remuneração.

Algo que também contribui para que a polêmica em torno dos salários seja ainda maior é o que tem ocorrido com altos executivos da Activision-Blizzard. O CEO Bobby Kotick, por exemplo, teve ganhos anuais de US$ 40 milhões e houve pagamento de bônus na casa dos US$ 15 milhões a Dennis Durkin, diretor financeiro da empresa.

Fonte: Bloomberg