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Embraer | Setor comercial passa a se chamar Boeing Brasil Commercial

Por| 24 de Maio de 2019 às 10h48

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Suno Research
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A Boeing e a Embraer anunciaram nesta quinta-feira (23) que a empresa resultante da fusão entre as empresas (compra de 80% da divisão comercial da Embraer) se chamará Boeing Brasil - Commercial. O acordo, vale lembrar, não engloba as divisões de aviação executiva e defesa, portanto, o nome Embraer continua existindo, mas com menos visibilidade, pois ficará restrita aos segmentos de aviação executiva e de defesa, que não foram incluídos no acordo com a americana.

O anúncio da nomenclatura da nova empresa, que até então vinha sendo chamada de Newco, foi feito por meio de um vídeo divulgado aos funcionários das companhias e, depois, nas redes sociais da Boeing. A mudança ocorre quatro meses depois de o presidente Jair Bolsonaro dar aval para o negócio. O Governo Federal detinha uma ação especial na Embraer que lhe dava poder de veto para decisões como venda. As companhias trabalham, agora, na separação de áreas e funcionários e aguardam a aprovação do negócio por órgãos regulatórios em diversos países, como a China, por exemplo.

O acordo fechado prevê, ainda, que Boeing e Embraer devem criar uma joint venture para a comercialização do cargueiro militar KC-390, a maior aeronave já desenvolvida no Brasil. Dessa empresa, a Embraer será controladora, já que está sob o guarda-chuva do setor de defesa da fabricante brasileira.

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A Boeing ainda não informou qual será o novo nome dos aviões comerciais da fabricante brasileira, hoje chamados de E-Jets. A Airbus, após comprar o programa de desenvolvimento e vendas dos jatos comerciais C-Series da canadense Bombardier, trocou o nome da família de aeronaves para A220, seguindo o padrão de nome para seus aviões. Para situar melhor nossos leitores, os aviões comerciais da Embraer são um pouco menores do que os modelos de entrada da Boeing, os 737. Muito embora o acordo deixe de fora os jatos executivos como os da linha Legacy, a Boeing possui uma divisão especial que molda seus jatos de entrada e os transforma em produtos para taxi aéreo, os chamados BBJ (Boeing Business Jet), portanto, nada impediria a empresa americana de utilizar os E-Jets para este fim.

Ao fim da negociação, a Boeing pagará US$ 4,2 bilhões (R$ 16 bilhões, na cotação atual) para a Embraer.

Fonte: Estadão