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Amazon estaria prestes a abrir lojas de departamento nos EUA

Por| Editado por Claudio Yuge | 30 de Agosto de 2021 às 19h20

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Reprodução/Reuters/Brendan McDermid/Files
Reprodução/Reuters/Brendan McDermid/Files
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Já há algum tempo, muitas lojas físicas tradicionais têm procurado se estabelecer no ambiente online. A Amazon, que, ao contrário, começou no espaço virtual, parece agora querer fazer o movimento contrário: a companhia planeja abrir lojas de departamento físicas.

E isso depois de levar inúmeras empresas com esse formato a encerrarem suas atividades. Segundo o The Wall Street Journal, as primeiras unidades devem ser inauguradas em Ohio e na Califórnia, nos EUA. A ideia é vender roupas, acessórios domésticos e eletrônicos — especialmente os de sua marca própria.

Uma fonte disse à publicação que o objetivo da companhia com essas unidades é permitir que o consumidor conheça produtos que não procuraria online. Além disso, a companhia pretende obter mais informações sobre os consumidores — afinal, o e-commerce também tem seus limites.

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Mesmo que os clientes não comprem na loja, a Amazon vai conseguir mais dados sobre eles. Isso porque vai poder rastrear os corredores que eles percorrem, o que pegam nas prateleiras, o que consideram antes de escolher cada item e se as compras são influenciadas por propagandas vistas no site.

Com isso, a companhia tem chances de melhorar sua atuação no segmento de publicidade online — em que concorre, principalmente, com Google e Facebook — ao criar anúncios ainda mais personalizados. Um porta-voz da empresa, no entanto, diz que a Amazon “não comenta sobre rumores e especulações”.

Outros estabelecimentos presenciais

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A empresa já tem pequenas livrarias, lojas 4-Star com produtos especiais (que têm avaliações de quatro estrelas ou mais no site) e estabelecimentos Go, sem caixas para pagamento. As unidades de departamentos serão maiores: terão cerca de 2,8 mil m². Nem todas as experiências da companhia no ambiente presencial deram certo: em 2019, por exemplo, ela anunciou que fecharia os quiosques de shopping.

Apesar das tentativas, a atuação da Amazon no segmento físico não tem sido das melhores: a receita total das unidades presenciais da empresa em 2020 foi 6% menor que em 2018. Fazer essas novas lojas serem bem-sucedidas pode ser mais difícil do que a companha imagina.

O movimento da Amazon se segue a um crescimento lento das vendas no site. Antes da COVID-19, ele já havia caído de 30% ao ano para menos de 20%. Com a reabertura das lojas presenciais, ele encolheu ainda mais: no segundo trimestre de 2021, as vendas online da empresa aumentaram apenas 16%.

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Cada vez mais, a omnicanalidade deve ser um requisito para os consumidores. Ainda não está claro se as lojas de departamento da Amazon serão semelhantes às concorrentes — assim como as Amazon Fresh parecem com mercados comuns — ou se a companhia vai criar um novo formato. O que parece certo é que a experiência do consumidor deve estar no centro do conceito.

Resta saber como a novidade vai afetar os acionistas. Desde a divulgação dos resultados financeiros, o preço da ação da companhia caiu 8%. É provável que a empresa encontre aluguéis baratos, mas os investidores podem ficar decepcionados com a aplicação de mais recursos no varejo — a maioria deles prefere os anúncios digitais e a computação em nuvem, que são mais rentáveis.

Fonte: Forbes, The Economist