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Internet Explorer 25 anos: um clássico que gostaríamos de esquecer

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Christiaan Colen/VisualHunt
Christiaan Colen/VisualHunt
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Pense no mundo há 25 anos: a internet dava os seus primeiros passos, o Brasil acabava de ser tetracampeão mundial de futebol e ainda estava enlutado pela trágica morte de Ayrton Senna; aos domingos, quem dominava programação televisiva e fazia o país dar risada era o fenômeno Mamonas Assassinas.

De modo geral, porém, todas as iniciativas da Microsoft pós-IE 6 pareceram apenas a tentativa desesperada de parecer jovem por um tiozão que nunca foi descolado de fato. A adoção tardia de recursos básicos para um mundo cada vez mais dentro da web, como navegação em abas e suporte a extensões, além da adoção de padrões mais modernos da rede, nunca foi o suficiente para tirar o atraso.

Ao longo dos anos, o IE foi alvo de inúmeras falhas de segurança que o tornaram um verdadeiro problema até mesmo para quem não o utiliza. Até a própria Microsoft já fez piada de seu navegador e chegou ao cúmulo de apelar para que as pessoas deixassem de usar o Internet Explorer por questão de segurança.

Olhando para trás, é até difícil entender como tanta gente conseguiu aturar o Internet Explorer por tanto é tempo. Fica evidente que ele nunca foi sequer tão bom quanto qualquer uma de suas alternativas, desde o Netscape, passando por Opera e Firefox, depois Chrome e Vivaldi, para citar apenas alguns nomes. Em nenhum momento ao longo dos seus 25 anos, qualquer versão do IE foi melhor (em recurso, desempenho ou ambos) que os seus principais concorrentes.

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Claro que a justificativa para isso é a praticidade: ele já estava ali, pronto para uso no Windows, então muita gente sequer cogitava ou sabia da possibilidade de baixar um outro programa para realizar as mesmas tarefas de forma mais aprimorada e de quebra ter acesso a um novo universo de recursos. Precisou do peso de um Google para que quase todo mundo compreendesse como o Internet Explorer sempre foi terrível.

Microsoft Edge: agora vai?

Mesmo o sucessor do IE, o Microsoft Edge, demorou a ser bem visto pela comunidade. Lançado em 2015, ele sempre foi visto com desconfiança até que a empresa resolveu fazer o óbvio e dotá-lo da mesma tecnologia do Chrome. O novo Edge é tão bom que nem parece ser um navegador da Microsoft. Tantas mudanças e a tentativa de se afastar cada vez mais do passado mostra que o legado do Internet Explorer é completamente nulo para a web, mas especialmente para a própria Microsoft (talvez sirva de exemplo apenas daquilo que não deveria se repetir).

Apesar da decisão acertada, a movimentação da Microsoft chega com uma década e meia quase de atraso. Ainda é cedo para dizer que o Edge conseguirá apagar a impressão terrível deixada pelo Internet Explorer, mas é um alento ver que uma empresa do tamanho e do poderio da MS finalmente se dignou a criar um navegador excelente para os seus adeptos.

Agora nos resta ver até onde essa história pode ir.

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