Músicos pedem por melhores pagamentos nas plataformas de streaming
Por Wagner Wakka | 01 de Junho de 2020 às 10h58
Músicos ingleses estão pressionado o Spotify por mudanças na forma de remuneração dos artistas. A iniciativa se chama Broken Record e está sendo encabeçada por Tom Gray, integrante da banda indie Gomez. Ele relata que, apesar dos milhões de reproduções que tem no serviço, seu rendimento se mantém na casa de alguns centavos. Por conta disso, Gray está lançando a campanha com o objetivo de estimular que o Spotify mude sua postura relativa à receita dos criadores.
Segundo a Reuters, o Spotify não remunera exatamente um músico pela sua audiência no serviço, mas pela participação no mercado. Assim, o dinheiro de assinatura dos usuários vai para um pacote só e depois é distribuído entre os criadores de acordo com o quanto representam no mercado. Desta forma, se um novo músico explode dentro do serviço, não vai receber exatamente o proporcional pelos milhões de reproduções antes de ganhar projeção no mercado fora da plataforma.
De forma muito simples, se um usuário só escuta um artista, como Gomez, isso não garante que toda a verba desta assinatura vá para o produtor. “Estou sendo contatado por muitos artistas jovens que têm milhões de reproduções e 200 mil ouvintes mensais, mas não ganham um salário mínimo", disse Gray à agência de notícias.
Momento
A indústria da música é uma das que mais sofreu com o isolamento social para contenção da COVID-19. Músicos e bandas movimentam dinheiro principalmente com apresentações ao vivo e shows, o que já não é mais possível fazer sem que haja aglomerações.
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Até em plataformas de streaming de música, como o Spotify, houve queda. Segundo relatório financeiro da companhia do último trimestre, houve queda da quantidade de receita com publicidade em março. A empresa prevê, para este ano, redução de 25% no faturamento anual.
A companhia ainda lembra à Reuters que levantou US$ 10 milhões em doações para colaborar com o combate ao novo coronavírus.
Fonte: Reuters