Twitter vai pagar salários de demitidos até fevereiro de 2023
Por Claudio Yuge |
Após a debandada provocada pela onda de demissões impostas por Elon Musk no Twitter nesta sexta-feira (4), o executivo disparou um e-mail para informar os que permanecem e quem deixa de fazer parte do quadro de funcionários da companhia. De acordo o Bloomberg, cerca de 3,7 mil pessoas devem ser impactadas com os cortes, inclusive no Brasil.
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O e-mail informa que, mesmo sob o aviso prévio, os funcionários comunicados tiveram o último dia de trabalho nesta sexta. Os vínculos dos desligados permanecem até fevereiro de 2023, portanto, seus salários continuam sendo pagos normalmente até essa data.
O comunicado reforça a justificativa de um esforço para “melhorar a saúde da empresa”. “Conforme compartilhado mais cedo, o Twitter está realizando uma redução da força de trabalho para ajudar a melhorar a saúde da empresa. Essas decisões nunca são fáceis e é com pesar que escrevemos para informar que sua função no Twitter foi afetada. Hoje é seu último dia de trabalho na empresa, no entanto, você permanecerá empregado pelo Twitter e receberá remuneração e benefícios até a data de separação de 2 de fevereiro de 2023”, aponta um trecho da nota enviada aos desligados.
No próprio Twitter é possível encontrar a íntegra dos comunicados enviados para os desligados e aos quem ficam, segundo postagens não oficiais obtidas por jornalistas. Nesta quinta-feira (3), um representante dos funcionários entrou com um processo na Justiça para processar o Twitter, alegando que a empresa estava desrespeitando uma lei da Califórnia que prevê um aviso de, pelo menos, 60 dias antes de realizar demissão em massa.
Antes do envio do e-mail fatídico para os desligados, Musk publicou no próprio Twitter que a companhia vinha perdendo receita na relação entre publicidade e ativistas. Segundo a Reuters, a rede social vem tendo prejuízo, com uma suposta perda diária de US$ 3 milhões (R$ 15 milhões). Uma mensagem interna para os funcionários teria afirmado que os planos de Musk seria economizar cerca de US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) em gastos de infraestrutura por ano.