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Trump amplia ofensiva contra impostos digitais e ameaça restringir tecnologias

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Reprodução/Casa Branca
Reprodução/Casa Branca

O presidente norte-americano Donald Trump intensificou sua retórica em defesa das gigantes da tecnologia dos Estados Unidos, anunciando sanções econômicas contra países que implementam impostos, leis ou regulações digitais consideradas discriminatórias. A ameaça foi feita em seu perfil na rede Truth Social, por volta da noite desta segunda-feira (25).

Trump alegou que medidas como “impostos, legislação e regulamentações de mercados digitais são todas projetadas para prejudicar ou discriminar a tecnologia americana”. Como resposta, prometeu impor “tarifas adicionais substanciais às exportações” desses países e restringir o envio de tecnologia avançada e semicondutores — especialmente contra aqueles que estejam enfraquecendo as corporações de tecnologia dos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos exige a revogação imediata de políticas digitais consideradas discriminatórias e alerta que tais países serão penalizados com tarifas pesadas nas exportações. Além disso, ele ameaça restringir exportações de tecnologia sofisticada e chips produzidos em solo ianque.

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Repercussão e contraposição da União Europeia

A Comissão Europeia reagiu firmemente aos comentários de Trump, afirmando que o Digital Markets Act (DMA) e o Digital Services Act (DSA) não têm caráter discriminatório ou censurador, mas sim regulam de forma equitativa todas as plataformas do mundo todo.

A entidade destaca que os recentes atos de fiscalização abrangeram plataformas como AliExpress, Temu e TikTok — de origem chinesa — e que o conteúdo moderado em mais de 99% dos casos é feito pelas próprias plataformas.

A oposição de Trump a esses tributos não é novidade. Em fevereiro de 2025, ele assinou um memorando ordenando uma investigação coordenada contra Digital Services Taxes (DSTs) e disposições como o DMA/DSA, visando criar retaliações corretivas.

Em um caso recente, o Canadá chegou a anunciar seu taxamento digital, mas recuou poucos dias depois — revertendo a medida após intensas pressões dos Estados Unidos, inclusive paralisando negociações comerciais; o imposto acabou revogado em junho de 2025.

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