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The Town 2025: por que os palcos principais estavam mais distantes?

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Marcelo Salvatico/Canaltech
Marcelo Salvatico/Canaltech

Quem esteve no The Town 2025 percebeu que a distância entre os principais palcos, o Skyline e o The One, era mais longa. A mudança gerou opiniões mistas, entre quem reclamou dos quase 15 minutos de caminhada e quem percebeu o fluxo de pessoas mais seguro e serviços funcionando melhor. 

O Canaltech entrevistou Frank Ribeiro, Diretor Executivo de Vendas e Marketing da SegurPro, empresa responsável pela segurança do evento, para entender como a tecnologia foi uma das responsáveis pela mudança no layout do festival. 

Frank nos conta que a SegurPro participou da decisão junto da Rock World, empresa que organiza o The Town. “Nós temos um princípio na nossa relação com a Rock World de ser um verdadeiro conselheiro para segurança. Nós somos ouvidos, temos uma voz muito forte e, obviamente, nenhuma decisão é isolada, monocrática”.

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A partir de análises feitas com imagens de drones e de outras câmeras instaladas no evento, identificou-se na 1ª edição um ponto de trânsito intenso de pessoas entre os principais palcos no período entre shows.

A SegurPro conta com um Centro de Controle Operacional (CCO) no Autódromo de Interlagos, onde monitoram as mais de 100 câmeras, drones e câmeras corporais de seguranças que fazem a ronda pelo evento. 

“Tinha sido o primeiro movimento, primeiro desenho [do evento], a primeira forma e se detectou que a proximidade de dois palcos fazia com que essa velocidade de aproximação gerava uma espécie de engavetamento”, contou Frank.

Apesar de não ter causado problemas que impactassem a segurança dos presentes, o fluxo fazia com que o trajeto demorasse mais que o comum, superlotando também os banheiros e serviços de alimentação entre o Skyline e o The One.

Assim, para este ano, a organização do festival decidiu por deixar os palcos onde as  principais atrações se apresentaram mais distantes, com uma caminhada que levava de 10 a 15 minutos. 

Ao G1, Roberta Medina, Vice-presidente da Rock World, explicou que os palcos estarem mais longe um do outro foi uma decisão proposital e “ajudou a ter melhor qualidade dos serviços". 

“Vimos [na 1ª edição] que não tem como atender 100 mil pessoas nos banheiros, nos bares, não tem como estar todo mundo no mesmo lugar”, completa a executiva. 

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E a mudança funcionou?

O Canaltech esteve presente no The Town, e, de fato, o caminho entre os palcos ocorria sem trânsito intenso de pessoas, de forma que era possível andar numa velocidade constante, sem congestionamento. 

Os banheiros possuiam um indicativo de lotação, que, sem contar com os posicionados mais próximos dos palcos, raramente passavam dos 50%. Já outros serviços, como alimentação e compra de bebidas, também estavam sem grandes filas de espera. 

Mas, devido à distância, muitos dos presentes decidiram por não sair do palco Skyline, onde se apresentaram as principais atrações de cada dia, para ver shows no The One. 

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Assim, os shows no The One que precediam os headliners no Skyline acabaram com um público menor. Por exemplo, como aconteceu na sexta-feira (12) com a cantora Luísa Sonza, que se apresentou logo antes do Backstreet Boys. 

Outro fator que explicava a necessidade de “guardar lugar” no Skyline foi a disposição deste palco, que ficava numa parte mais alta do Autódromo. 

Pela altura e também pelas torres de som que ficavam na visão do público, muitas pessoas decidiram ficar pelo espaço ao invés de ver shows no The One para garantir um bom local para assistir ao show de seu artista preferido da noite.

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