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StartSe AI Festival | Criar conteúdo com propósito é o novo desafio na era da IA

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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João Melo/Canaltech
João Melo/Canaltech

Conteúdos 100% gerados com inteligência artificial (IA) ou produzidos com recursos dessa tecnologia para otimizar processos de criação já são comuns nas redes sociais. Neste cenário, é cada vez mais importante produzir conteúdos com propósito e responsabilidade para essas plataformas digitais.

Em uma palestra realizada nesta quarta-feira (15), no StartSe AI Festival, Leo Candido, gerente de transformação com foco em IA na Artefact — consultoria global especializada em transformação de dados e inteligência artificial — destacou como essa tecnologia emergente está redefinindo o processo de criação.

Candido chamou atenção para a era do que definiu como “criador aumentado”, em que criadores recorrem cada vez mais a sistemas de IA para produzir vídeos, imagens e estratégias de comunicação.

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“Hoje, 96% dos criadores brasileiros já utilizam algum tipo de IA em alguma parte do processo, seja na ideação, no desenvolvimento de peças ou na edição de vídeo”, destacou o especialista, citando dados de uma pesquisa encomendada pelo YouTube e conduzida pela Radius.

Segundo Candido, essa prática mostra que os criadores não sentem mais tanta necessidade de pagar estúdios ou agências para produzir e editar conteúdos. Ele pontua que ferramentas de IA como ChatGPT, Midjourney e Gemini dão mais autonomia e empoderamento para que as pessoas produzam de acordo com seus objetivos e ideias.

Desafios na criação de conteúdos sintéticos

Os vídeos foram um dos tipos de conteúdo mais destacados na palestra. Candido citou o aplicativo Soralançado em setembro pela OpenAI — como exemplo de plataforma que permite a criação de vídeos realistas a partir de simples prompts em texto.

“O Sora é uma ferramenta extremamente poderosa, capaz de gerar vídeos muito realistas que parecem ter sido gravados em casa”, ressaltou Candido.

No entanto, o especialista alertou que a criação de conteúdos cada vez mais realistas, seja com o Sora ou com outras ferramentas — como o Banana, para geração de imagens —, exige transparência e responsabilidade no uso da IA.

“Se todo mundo pode criar, o diferencial deixa de ser o que você faz e passa a ser o porquê. A criação deve ter um propósito. E ‘conteúdo feito com IA’ não pode significar feito sem responsabilidade”, enfatizou o especialista da Artefact.
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Candido concluiu afirmando que criadores de conteúdos e marcas devem avaliar cuidadosamente se faz sentido gerar materiais com IA. E, quando fizerem, devem fazê-lo de maneira responsável, equilibrando impacto, ética e qualidade.

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