Queda no número de usuários derruba ações da Zynga
Por Felipe Demartini | 05 de Agosto de 2016 às 19h05
Os investidores da Zynga acordaram nervosos nesta sexta-feira (05), reagindo negativamente a um relatório financeiro que trouxe informações até que positivas para a empresa. A desenvolvedora de FarmVille e outros grandes sucessos mobile e para o Facebook, que antes era a maior empresa do mundo neste segmento, continua amargando com resultados negativos, apesar de, no período, ter apresentado números dentro do esperado.
Entre abril e junho de 2016, a Zynga teve um faturamento total de US$ 182 milhões, o que resultou em perdas de US$ 4,4 milhões. É uma melhoria em relação ao ano passado, quando a empresa sangrava prejuízos na casa dos US$ 26 milhões e iniciou um processo de reorganização em torno das franquias mais populares e do novo comportamento dos mercados mobile e social.
Além disso, de acordo com a empresa, não houve alteração no total gasto por seus usuários em microtransações entre o segundo trimestre do ano passado e 2016. O faturamento, nesse quesito, foi de US$ 175 milhões, acima das expectativas de analistas e considerados bastante satisfatórios. Entretanto, uma análise mais profunda mostra queda de 15% no número de jogadores diários e 26% nos mensais. Ou seja, tem menos gente gastando nos games da companhia.
E foi justamente esse fator que teria levado à queda de 9% nas ações da Zynga. Para analistas de mercado, a redução, que mais tarde se estabilizou em uma baixa de 5,7%, tem a ver com uma noção de que os tempos da empresa já passaram. Enquanto outros nomes como a King e a Niantic continuam a crescer, a desenvolvedora de FarmVille luta para permanecer relevante, algo que, para muitos investidores, equivale a tentar impedir um naufrágio utilizando um balde.
Para Frank Gibeau, CEO da empresa, os cortes nos custos de marketing, desenvolvimento e outros gastos deve melhorar os resultados ao longo dos próximos trimestres. Ele se mostrou confiante no futuro e disse que o sucesso explosivo de Pokémon Go deve reacender o interesse pelos títulos mobile, uma situação da qual a Zynga deve se beneficiar.
Fontes: Gamasutra, TechCrunch