Piores empregos do mundo: quais as carreiras menos satisfatórias em 2025
Por Claudio Yuge |

A inteligência artificial (IA) e a crescente automação consolidam a tendência de que os "piores empregos" de 2025 não são apenas os perigosos ou mal remunerados, mas sim aqueles com tarefas repetitivas e pouca necessidade de interação humana, tornando-os altamente vulneráveis à extinção ou desvalorização.
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A análise das tendências do mercado, incluindo relatórios da Forbes, Fórum Econômico Mundial (WEF) e McKinsey, aponta para uma reestruturação acelerada. Milhões de postos de trabalho serão transformados ou eliminados até 2030, forçando a requalificação de profissionais em todo o mundo.
Os cargos mais ameaçados pela IA
- A pesquisa global confirma que as funções mais suscetíveis à automação são aquelas baseadas em tarefas administrativas e de rotina. Contadores, caixas e assistentes lideram a lista de vulnerabilidade.
- Digitadores de dados, caixas de Banco, assistentes administrativos e secretários executivos;
- Tarefas padronizadas, processamento de documentos e cálculos facilmente substituíveis por sistemas de IA e robótica;
- Operadores de telemarketing, atendentes de correios, vendedores de porta em porta, caixas de Lojas;
- Atendimento ao cliente está migrando para chatbots e autoatendimento online;
- Designers gráficos (em parte), contadores, auxiliares de contabilidade/folha de pagamento, ofici ais Jurídicos;
- IA generativa (texto e imagem) e softwares de gestão automatizam a criação de conteúdo e a organização financeira e legal;
- Robôs e sistemas de gestão de estoque aprimorados pelo IoT (Internet das Coisas) otimizam as operações.
Atualização de tendências embnoraEmbora a IA represente uma ameaça, o relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) enfatiza que o efeito da IA generativa tende mais a transformar os empregos do que a eliminá-los por completo. O risco está em quem não se adapta ao uso da ferramenta.
A infelicidade no trabalho e a desvalorização
Além da ameaça tecológica, a infelicidade e a desvalorização mantêm algumas funções no rol dos "piores empregos".
- Representantes de atendimento ao cliente: a exposição contínua à insatisfação do consumidor e a falta de autonomia continuam sendo grandes fontes de burnout e estresse.
- Professores e educadores: a desvalorização salarial, o excesso de carga de trabalho e o debate sobre a integração de novas tecnologias sem o devido suporte criam um ambiente de alta frustração.
A chave para "blindar" a carreira é o desenvolvimento de habilidades humanas e tecnológicas complementares à IA. O mercado exige menos repetição e mais:
- Alfabetização em IA: Saber usar as ferramentas de IA para aumentar a própria produtividade.
- Habilidades Humanas: Pensamento crítico, criatividade, empatia, comunicação e resolução de problemas complexos, áreas onde a máquina ainda é deficiente.
- Especialização em dados: análise de dados, engenharia de dados e engenharia de machine Learning estão entre as carreiras mais demandadas.
O futuro do trabalho não será definido pela substituição, mas pela colaboração entre humanos e IA. Quem souber usar a tecnologia será o profissional mais valioso.
A Organização das Nações Unidas (ONU) tem um panorama sobre as tendências sociais e de emprego, incluindo a perspectivas sociais e de Emprego no Mundo: Tendências 2025 - ONU, que detalha mais sobre este cenário global.