PicPay estreia Conta Global integrada ao Brasil com isenção de taxa cambial
Por Claudio Yuge |
O PicPay decidiu entrar de vez no tabuleiro das fintechs globais — e o movimento chegou com ambição. A empresa revelou nesta segunda-feira (10) sua nova Conta Global, totalmente integrada à conta digital brasileira e voltada para quem viaja, investe ou realiza compras em moeda estrangeira. A proposta mira rivais como Nomad, C6 Global e até plataformas internacionais, apostando em um pacote agressivo: possibilidade de spread zero nas operações de câmbio e rendimento de 4% ao ano sobre o saldo mantido em moeda estrangeira.
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A plataforma passa a operar como um hub financeiro completo para reais, dólares e euros, com foco em reduzir atritos tradicionais do mercado cambial e ampliar o uso da marca fora do país. O grande trunfo do PicPay é o vínculo direto entre a conta brasileira e a internacional, permitindo conversões instantâneas entre moedas e movimentação fluida dos saldos — sem a burocracia comum em bancos tradicionais. Em tese, o usuário pode comprar dólar, viajar, pagar e depois reconverter valores sem travas.
Entre os destaques anunciados pela empresa estão:
Spread zero variável: a depender do perfil de relacionamento do cliente com o PicPay, a taxa adicional sobre o câmbio pode chegar a zero, eliminando o custo extra sobre a PTAX — algo raro no mercado;
Rendimento de 4% ao ano: o saldo em moeda estrangeira passa a render, transformando a conta internacional em uma espécie de investimento cambial. No cenário atual, poucas contas globais remuneram recursos de forma consistente;
Cashback de 4% mantido no exterior: o benefício já oferecido no cartão internacional do PicPay continua valendo, agora reforçado pela nova estrutura global.
Na prática, a fintech quer transformar saldo parado em ativo — uma mensagem clara para viajantes frequentes, consumidores de e-commerce internacional e quem busca diversificação em moeda forte.
Com a novidade, o PicPay sobe de patamar no setor financeiro e mira diretamente o público que já busca alternativas digitais para fugir do IOF tradicional, tarifas bancárias e câmbio desfavorável. A integração nativa entre as contas pode empurrar concorrentes a rever políticas de spread e remuneração, caso a estratégia se mostre sustentável.
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