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Pesquisa mostra que negros ainda são minoria nas empresas de TI nos EUA

Por| 07 de Maio de 2018 às 07h22

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Pesquisa mostra que negros ainda são minoria nas empresas de TI nos EUA
Pesquisa mostra que negros ainda são minoria nas empresas de TI nos EUA

Um relatório National Urban League dos Estados Unidos divulgado na última sexta-feira (04) mostrou que os negros no país, embora usem e contribuam para o crescimento tecnológico, não usufruem dos retornos econômicos da tecnologia.  

O estudo, chamado Save Our Cities: Powering The Digital Revolution. State of Black America 2018, mostra uma série de avaliações sobre a sociedade americana em relação à etnia e uma análise sobre a liderança em torno da igualdade racial na América em toda a economia, emprego, educação, saúde, habitação, justiça criminal e participação civil.

Um dos pontos abordados pelo documento é a inclusão digital. O relatório mostra que há ao menos um computador em 89,3% das casas de afro-americanos, sendo que 77,6% possuem conexão com internet, o que representou um aumento de 2,5% e 5,4% em relação ao ano passado.

Neste ano, o documento adicionou um índice de inclusão digital para tentar interpretar dados como esse. A análise foi feita pautada em três pontos básicos: profissões e habilidades digitais, acesso digital e políticas digitais. Com isso, o time chegou ao dado de que apenas 8,2% de todos os diplomas concedidos a pessoas negras nos Estados Unidos entre 2015 e 2016 foram de áreas STEM (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática), considerados essenciais para atuação em mercados digitais. Em comparação, o mesmo dado foi de 12,8% para pessoas brancas.

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Já em termos de trabalho, apenas 5,8% do negros no país tinham ocupação na indústria da tecnologia contra 8,5% de trabalhadores brancos.

A diversidade racial nas empresas de mídias sociais e tecnologia é uma área em que a lacuna de igualdade é muito maior. Conforme relatado no Índice de Inclusão Digital, na grande maioria das empresas menos de cinco por cento da força de trabalho é afro-americana. "Em contraste, pelo menos metade da força de trabalho dessas empresas é branca”, relata o trabalho.

Em relação às universidades, elas são historicamente reconhecidas pelos negros receberem menos verba por estudante e gastarem menos em pesquisa e desenvolvimento. Em média, uma instituição majoritariamente negra recebe 10,2% menos apoio federal por estudante do que uma não reconhecida historicamente como negra e gasta apenas 7,9% do montante que uma instituição não-negra gasta.

“Com a indústria de tecnologia historicamente carente de oportunidades inclusivas para as comunidades de cor, os programas corporativos que apoiam funcionários de diversas origens são essenciais para ajudar a criar não apenas uma força de trabalho mais forte, mas também lucros potencialmente maiores”, aponta Martin Whittaker, CEO da JUST Capital e um dos colaboradores do trabalho.

Contudo, o relatório também apresenta que nas áreas de computação e ciência de dados há uma igualdade racial em estudo e possibilidade de empregos nos Estados Unidos.

Por fim, o índice também mostrou que cidades em que mais da metade dos residentes são negros são mais propícias a ter custos mensais mais baixos de banda larga de alta velocidade e melhores velocidades.

Fonte: NUL