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O início de uma nova era para os serviços financeiros

Por| Editado por Rui Maciel | 20 de Setembro de 2021 às 21h50

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Por Vanessa Santos*

O ano de 2021 se destaca na linha do tempo dos serviços financeiros no Brasil, já que marca estágios importantes na implementação do Open Banking. O modelo concede ao cliente a autonomia de compartilhar suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central, viabilizando portabilidade e administração de contas bancárias, investimentos, empréstimos, entre outros serviços de forma facilitada. 

Para cada um de nós, enquanto clientes, o Open Banking significa mais visibilidade e praticidade na gestão dos produtos financeiros e o acesso a soluções personalizadas, que poderão ser oferecidas por prestadores de serviços concorrentes. Para o sistema financeiro tradicional e outros prestadores de serviços relacionados, o modelo vai representar mais oportunidades de competitividade, ampliando a oferta de produtos e serviços para um universo bem mais amplo de clientes. Por fim, o Banco Central diz esperar, em sua página sobre o Open Banking, um aumento da inclusão bancária no país.

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A praticidade, além de mais opções de ofertas competitivas, é um atrativo excepcional que a regulamentação do Open Banking trará para usuários de serviços financeiros neste estágio inicial. Em uma pesquisa realizada pelo Ipsos sob encomenda da TecBan, 77% dos adultos bancarizados disseram que a oferta de pagamentos instantâneos a partir da sua conta bancária é atraente ou muito atraente, mesma avaliação de 72% dos entrevistados para um aplicativo financeiro tudo-em-um. 

Após as duas primeiras etapas, em que as instituições abriram informações padronizadas sobre os canais de atendimento e as características dos seus produtos bancários tradicionais relacionados às contas, seguido pela possibilidade de compartilhamento de dados cadastrais, transações, informações sobre cartões e dados de operações de crédito, espera-se que o Open Banking entre em 29 de outubro em sua terceira fase. O cliente poderá optar por compartilhar serviços de inicialização de pagamentos com outras instituições participantes do Open Banking.

A premissa é pensar sob a ótica do cliente

Como vem ocorrendo em diversas indústrias impactadas com a economia digital, o princípio por trás do Open Banking emerge a criticidade em ter o cliente no papel central. Regulações como essa garantem o direito de escolha do indivíduo para determinar ou não o acesso a dados pessoais e sua respectiva finalidade, gerando ambientes mais competitivos com melhores serviços e ofertas no mercado.

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Especialmente na economia digital, dados e, por sua vez, acesso à informação, tornaram-se praticamente uma nova moeda. Uma forma como uma empresa pode ampliar suas ofertas neste contexto é usar modelos de competitividade não-linear, acoplando serviços de fornecedores até então concorrentes à sua própria plataforma. 


Podemos fazer uma analogia quando no Brasil, há alguns anos, a Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel) determinou as regras para a portabilidade das linhas telefônicas fixas e móveis, chamada de portabilidade numérica. Se o cliente entender que uma outra operadora oferece soluções mais interessantes naquele momento, basta entrar em contato com ela, informar seus dados e em até três dias úteis a migração é concluída, sem que seja preciso mudar o número. Esse novo cenário trouxe mais autonomia e poder de escolha para o consumidor em relação aos serviços financeiros, além de acirrar a concorrência no setor.

Open Baking como ecossistema

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Para oferecer serviços inovadores e customizados e, consequentemente, ter sucesso no sistema financeiro aberto, nenhuma organização pode ser uma ilha. Contar com uma infraestrutura de TI digital e dinâmica é essencial para que a empresa possa dar o passo seguinte: fazer parte de ecossistemas onde possa se ligar rapidamente a diferentes fornecedores e parceiros, onde quer que eles estejam. Quanto mais players interconectados, maior é a oportunidade de reunir percepções dos consumidores com agilidade e, então, personalizar os serviços oferecidos sem abandonar aspectos críticos de segurança. 

Com o uso de ambientes tecnológicos que evoluem dinamicamente, assim como exigido na economia digital, a organização passa a ter bases para desenvolver e evoluir aplicações e serviços inteligentes, cada vez mais personalizados. Na prática, isso significa:

Escalar a capacidade de evolução de produtos e serviços, em compliance com demandas regulatórias e cadeia de valor
Ampliar, com segurança e agilidade, transações com participantes da sua cadeia de valor em ecossistemas digitais
Entregar experiências fluidas e personalizadas aos clientes na edge, onde pessoas e dispositivos estão

Como se vê, o uso de tecnologia é crucial para o desenvolvimento de novos negócios viabilizados com a regulamentação do Open Banking. A infraestrutura digital é utilizada como meio de habilitar mais dinamismo, eficiência, redução de custos e transformação da oferta de serviços, gerando mais valor para o cliente. 

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O Open Baking vai mudar a forma como serviços financeiros são oferecidos e consumidos, e movimentar com mais agilidade toda a cadeia de fornecedores. Para as empresas dentro e fora do setor, não há opção: é entrar ou entrar. O sucesso vai depender da estratégia de negócios e da infraestrutura digital dinâmica que suporta essa estratégia.

*Vanessa Santos é Segment Marketing Manager da Equinix Brasil