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Magalu Cloud compra empresa de IA e aposta em ferramentas de "vibe coding"

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Divulgação/Magalu Cloud
Divulgação/Magalu Cloud

A Magalu Cloud anunciou nesta sexta-feira (12), durante o Cloud Futures 2025, a aquisição da Movestax, plataforma voltada para a aceleração do desenvolvimento de software. 

A compra marca a entrada da divisão de nuvem do Magazine Luiza no mercado de ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa para programadores e empresas, permitindo a criação e publicação automática de aplicações. 

A tecnologia da Movestax será integrada ao portfólio da nuvem brasileira para oferecer soluções serverless e automação de fluxos.  

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O valor da transação não foi revelado, mas de acordo com executivos da empresa, a movimentação integra o ciclo de investimentos em tecnologia do grupo, que oscila entre R$ 600 milhões e R$ 800 milhões por ano.

Segundo André Fatala, vice-presidente de tecnologia do Magalu, a ferramenta atende a uma tendência conhecida como "vibe coding", onde a IA assume a escrita pesada do código a partir de comandos em linguagem natural, facilitando a prototipagem rápida.

“Ele [vibe coding] é utilizado tanto para prototipação, mas também [serve para] departamentos de empresas que conhecem muito do negócio e querem fazer algum tipo de solução simples ali e rápido", explicou Fatala durante coletiva de imprensa.

A nova funcionalidade, batizada de Code Stacks, promete a redução da fricção entre a ideia e a infraestrutura. 

"Você pode pedir: 'Faça uma aplicação que vai gerenciar uma pizzaria'. Ele vai escrever toda essa aplicação e vai fazer o deployment (implantação) dentro da Magalu Cloud para você", detalhou o executivo.

Expansão internacional e números da operação

O foco da Magalu Cloud é a soberania de dados e infraestrutura nacional. Mas, com a aquisição da Movestax traz um componente internacional para a operação. A plataforma comprada possui cerca de 800 clientes distribuídos em 65 países.

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Além da aquisição, a empresa divulgou o crescimento de sua base atual. A nuvem do Magalu ultrapassou a marca de 1.000 clientes corporativos. Internamente, a migração dos sistemas do próprio varejista também avançou.

"O Magalu terminou o ano passado com 30% [da operação na nuvem própria]. Hoje, a gente já está com um pouquinho mais de 50% rodando na Magalu Cloud", revelou Fatala. 

Isso inclui cargas de trabalho críticas, como o "cérebro" da assistente virtual Lu, algoritmos de busca e recomendação, além de sistemas de vendas utilizados nas lojas físicas.

Para o próximo ano, a expectativa é dobrar a base de clientes externos, impulsionada pela certificação de segurança ISO 27001 e a preparação para o SOC Tipo 2 – selos de qualidade que comprovam a maturidade da empresa em segurança da informação –,  que visam atrair empresas de grande porte.

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Parceria estratégica com a Globo

No evento, a Magalu Cloud também oficializou a parceria com a Globo Technologies. O acordo prevê uma troca de infraestrutura: a Magalu Cloud passa a integrar a rede de distribuição de conteúdo (CDN) da Globo, enquanto a emissora homologou a nuvem do varejista como uma de suas provedoras oficiais.

O objetivo é otimizar a latência e reduzir custos através de uma estratégia multicloud. A CDN da Globo, que conta com mais de 300 pontos pelo país, passa a ser oferecida como produto para clientes da Magalu Cloud. 

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"A CDN é um ativo muito estratégico, porque é através dela que você vai conseguir entregar a melhor experiência para o consumidor final", afirmou Wanderley Baccalá, diretor do Hub Digital da Globo, durante a coletiva. "Não adianta ter um conteúdo maravilhoso se ficar 'ampulhetando' na ponta".

A parceria técnica já está em operação e passou por uma fase de testes e homologação nas últimas semanas.

Com contribuição de Anaísa Catucci.

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