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Google contrata Character.AI para implementar avançados chatbots de persona

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Character.AI
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O mercado de inteligência artificial (IA) é um dos mais aquecidos e concorridos atualmente, em uma disputa franca entre as gigantes Amazon, Microsoft e Google (Alphabet). Com o salto de evolução dos últimos anos com os modelos generativos, que seguem progredindo, é possível rever e otimizar todas aplicações autônomas criadas anteriormente. E um dos grandes focos de interesse atuais são os chatbots.

Veja bem, com os modelos generativos, os chatbots que conhecíamos até pouco tempo já são coisa do passado. Saem de cena as frases repetitivas e limitadas, o comportamento completamente frio e robótico, e, principalmente, os ruídos de comunicação entre o usuário e a máquina — o que torna a interação bastante ineficaz e irritante.

Com os novos chatbots turbinados com modelos generativos, os robozinhos falantes podem se tornar muito mais precisos e parecidos com uma pessoa real. Além disso, a capacidade de customização de comportamento, estilo de fala, enfim, tudo o que as mais avançadas IAs atuais podem realizar, tem potencial para até mudar o conceito atual de robôs de conversação para algo que possa atender muitas outras frentes.

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Por isso é que a Amazon já tem sua parceria de chatbots avançados com a Inflection, e a Microsoft com a Adept. E o Google, claro, logo correu em busca de especialistas da Character.AI para cuidar de um setor específico já desenvolvido no passado por essas gigantes — é mais rápido e eficiente contratar startups imersas em um nível superior dessa tecnologia do que refazer tudo o que foi construído com modelos antigos quase obsoletos.

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O modelo de negócios entre o Google e a Character.AI é semelhante ao da Microsoft e da Amazon com suas parceiras no setor de chatbots, com a contratação dos direitos de uso não exclusivos das tecnologias fornecidas pela empresa — esse é um formato que deve se tornar padrão, pois as gigantes têm sofrido severas punições em transações de “fagocitose digital” que feriram leis antitruste.

E como o Gigante de Montain View não é bobo nem nada, já “repatriou” Noam Shazeer, que teve duas passagens pelo Google e se juntará à divisão de pesquisa de IA, a DeepMind, que desenvolve grandes modelos de linguagem e o conjunto Gemini de produtos de IA, como chatbots. Daniel De Freitas, que cofundou a Character.AI em 2022 ao lado de Shazeer, também vai integrar núcleo correlatos.

A Character.AI, que é apoiada pela empresa de capital de risco Andreessen Horowitz, entre outros, usa LLMs para gerar conversas no estilo de várias figuras e personas, e, em pouco tempo, atraiu rapidamente milhões de usuários mensais e tornou as ferramentas das Big Tech em apps esquecíveis — veja bem, Meta até desistiu de desenvolver chatbots de persona de IA no Instagram, Facebook e WhatsApp menos de um ano depois de lançá-los.

Com essa contratação estratégica, o Google venceu a disputa com a Meta e Elon Musk, que também queriam um acordo com a Character.AI. E também aproveitou para levar Shazeer, um dos especialistas mais cobiçados no mercado de IA atualmente.