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Executivo do iFood analisa impacto da IA e papel humano na inovação

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Rawpixel/Freepik
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O conceito de inovação real e os impactos da inteligência artificial no mercado de trabalho pautaram o episódio mais recente do podcast Canaltech. Rafael Sbarai, head de inovação e produto no iFood, analisou a diferença entre seguir tendências momentâneas e estruturar áreas de pesquisa consistentes nas empresas.

Com formação em jornalismo e transição para a área de produtos digitais iniciada em 2014, o executivo une visões de comunicação e negócios na gestão de tecnologia.

Cultura de testes

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Para Sbarai, companhias verdadeiramente inovadoras operam com foco em três horizontes temporais (H1, H2 e H3): curto, médio e longo prazo. Ele citou a Amazon como exemplo de referência no setor, devido ao investimento anual superior a US$ 10 bilhões em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Essa estratégia depende de uma cultura corporativa que tolere falhas e testes rápidos, algo que ele classifica como um "artigo de luxo" em tempos de busca estrita por eficiência operacional e lucros imediatos.

Sobre o avanço massivo da IA generativa desde 2022, o especialista reforça que a ferramenta serve como apoio para processos, mas não substitui competências comportamentais ou a tomada de decisão estratégica.

“A IA não toma a decisão, a IA não sente, a IA não entende a ironia, a capacidade, o relacionamento”, afirmou Sbarai durante a conversa.

Ele defende que a sabedoria para discernir contextos continua sendo uma atribuição exclusivamente humana.

Curadoria contra a desinformação

A entrevista abordou ainda as mudanças estruturais no consumo de conteúdo digital, especificamente o “zero click content” — respostas diretas em plataformas de IA que eliminam a necessidade de o usuário acessar links externos.

Sbarai alerta para os riscos de credibilidade neste cenário e aponta a ameaça crescente dos deep fakes (vídeos falsos criados por IA) como um problema social que exige regulação.

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Nesse contexto de alto volume de informações superficiais geradas por máquinas, o executivo aposta na valorização de profissionais capazes de oferecer análise crítica e segmentada.

“A especialização, a curadoria e a profundidade podem ser o trunfo desse futuro que temos com IA”, disse.

Ao final, o convidado recomendou que profissionais de todas as áreas consumam conteúdos técnicos para ampliar a maturidade e reduzir a ansiedade diante das transformações do mercado.

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