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Esquema de pirâmide movimentou R$ 250 milhões usando criptomoeda falsa no Brasil

Por| 22 de Setembro de 2017 às 18h16

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Esquema de pirâmide movimentou R$ 250 milhões usando criptomoeda falsa no Brasil
Esquema de pirâmide movimentou R$ 250 milhões usando criptomoeda falsa no Brasil

Onze suspeitos de comercializar uma falsa moeda virtual chamada Kriptacoin foram presos pela Polícia Federal no Distrito Federal e em Goiânia. A chamada Operação Patrik desarticulou um esquema de pirâmide financeira, e duas pessoas ainda estão foragidas, sendo que todas faziam parte da empresa Wall Street Corporate, além de outras laranjas ligadas ao golpe.

Mais de R$ 250 milhões foram movimentados pelos criminosos, que deverão ser indiciados por estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsificados. O dinheiro veio por meio de investimentos realizados por cerca de 40 mil vítimas, que investiam na Kriptacoin esperando obter ganhos diários de 1% e um bônus de 10% para cada indicado que também entrasse nesse investimento.

Anúncios eram divulgados na internet para atrair um maior número de pessoas, e os criminosos também chegaram a anunciar na TV, em outdoors e apareciam em fotos ao lado de celebridades. O esquema começou a funcionar no final de 2016, e as pessoas, tentadas em entrar no mundo das moedas virtuais, mas sem muito conhecimento a respeito, acabaram caindo na jogada.

De acordo com o procurador do Ministério Público do DF, Roberto Binicheski, algumas pessoas conseguiram algum dinheiro com o esquema de pirâmide, já que eram permitidos saques diários de até R$ 600 em sua fase inicial. Esse dinheiro era obtido a partir das pessoas que estavam entrando no esquema, e, depois, foi possível fazer saques semanas, até que o grupo alegou ter sofrido ataques cibernéticos, bloqueando todos os saques.

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Somente no Distrito Federal, 14 pessoas registraram um boletim de ocorrência contra a empresa, mas a promotoria recomendou que as vítimas entrassem na Justiça para processar os articuladores do esquema. Já o advogado da Wall Street Corporate, João Paulo Todde, afirma que o negócio é autêntico, sendo um "sistema de marketing multinível". Mas, entre os suspeitos da operação, três deles já tinham passagens pela polícia por crimes como estelionato, formação de quadrilha, uso de documentos falsos, porte ilegal de arma e até mesmo lesão corporal e dano ao patrimônio.

Fonte: Agência Brasil