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E-commerce é o setor mais visado por fraudes; veja os principais golpes

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twenty20photos/Envato
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O comércio eletrônico vive seu auge — e, ao mesmo tempo, seu maior desafio. Segundo o relatório “O Futuro do E-commerce”, da Veriff, o setor registrou em 2024  uma taxa de 1,62% em fraudes autorizadas, quando a própria vítima é enganada e consente a transação. O índice é 18 vezes superior à média global, tornando o e-commerce o segmento mais exposto a esse tipo de crime.

Além disso, os marketplaces aparecem com a segunda maior incidência de fraudes documentais, responsáveis por mais de 20% das tentativas de ataque.

“Os golpes deixaram de ser exceção e fazem parte do cotidiano do e-commerce”, afirma Andrea Rozenberg, general manager da Veriff. “Tecnologias como verificação de identidade em múltiplas camadas e biometria são essenciais para equilibrar conveniência digital e segurança.”

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De acordo com o estudo, 83% dos marketplaces já utilizam tecnologias de verificação de identidade (IDV) em seus processos, enquanto 81% planejam expandir o uso dessas soluções para aumentar a proteção e preservar a confiança do consumidor.

Essas ferramentas são vistas como fundamentais para conter a escalada dos crimes digitais, que cresceram 21% em apenas um ano, segundo a Veriff.

Fraudes mais comuns no e-commerce

O relatório também mapeou os principais tipos de golpe que afetam o comércio eletrônico:

  • Fraude de transação: uso de cartões de crédito roubados em compras não autorizadas;
  • Chargeback indevido: clientes alegam não ter recebido o produto para obter reembolso;
  • Fraude de devolução: devolução de produtos usados ou danificados;
  • Roubo de conta: criminosos acessam credenciais de usuários;
  • Fraude de reembolso: solicitações falsas de devolução de valores.

Em 2024, a fraude de reembolso foi a mais comum, atingindo quase metade dos varejistas online, enquanto a chamada “fraude amigável” — quando o próprio consumidor abusa das políticas da loja — afetou outros 45%.

O impacto financeiro é expressivo: o Fraud Index 2024 revelou que 35% das empresas dos EUA sofreram perdas por fraudes, e 13% perderam cerca de 20% da receita anual.

IA na guerra contra os golpes

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A inteligência artificial é hoje arma e ameaça no combate à fraude. Segundo o estudo, 61% dos especialistas perceberam aumento no uso de IA por fraudadores, enquanto 64% das empresas de e-commerce já usam IA e machine learning para detectar e prevenir ataques. Outros 20% planejam adotar essas ferramentas até 2026.

Entre as principais aplicações da IA estão:

  • Identificação de padrões de fraude e riscos potenciais (52%);
  • Automação da verificação de clientes (43%);
  • Detecção rápida de golpes sofisticados (38%);
  • Análise de comportamento do usuário ao longo do tempo (33%).

Com o setor movimentando US$ 4,1 trilhões em 2024, o desafio das plataformas é claro: oferecer experiências digitais rápidas e convenientes sem abrir mão da segurança e da confiança — pilares indispensáveis no novo varejo online.

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