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Consumidores preferem robôs a humanos para compras "constrangedoras"

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Reprodução/Andrea Piacquadio/Pexels
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Uma nova e intrigante pesquisa publicada pela revista americana Fast Company revelou uma tendência surpreendente no comportamento do consumidor moderno: na hora de adquirir produtos ou serviços considerados socialmente embaraçosos ou íntimos, os clientes demonstram uma clara preferência pela interação com robôs, chatbots e sistemas de autoatendimento em detrimento de atendentes humanos.

O estudo indica que o fator determinante é a ausência de julgamento. A impessoalidade de um algoritmo oferece um nível de conforto e privacidade que a interação humana, por mais profissional que seja, não consegue replicar. A descoberta lança um olhar crítico sobre a atual corrida tecnológica para tornar os assistentes virtuais e chatbots o mais "humanos" possível.

Segundo os achados, tentar fazer com que a inteligência artificial (IA) soe ou se pareça com um ser humano pode, na verdade, prejudicar a venda de produtos em categorias sensíveis. Os consumidores que buscam discrição valorizam o reconhecimento imediato de que estão falando com uma máquina sem a capacidade de julgamento moral ou social.

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A implicação para empresas de tecnologia e varejistas é clara: em nichos específicos, como saúde íntima, certos tipos de entretenimento ou artigos constrangedores, a estratégia mais eficaz de UX (Experiência do Usuário) é garantir que o sistema de atendimento seja puramente utilitário, discreto e desumanizado.

Futuro do atendimento automatizado

A pesquisa corrobora a crescente aceitação da automação, especialmente entre as gerações mais jovens, que já demonstram preferência por interações digitais rápidas e sem atrito para a maioria das compras.

Para o setor de tecnologia, a lição é que a IA deve ser moldada conforme o contexto. Enquanto a empatia e a "humanização" podem ser valiosas para resolver problemas complexos ou lidar com reclamações, a neutralidade algorítmica é o maior diferencial competitivo quando o assunto é discrição.

Os varejistas que souberem equilibrar a eficiência da IA com a garantia de total privacidade e ausência de julgamento em suas transações mais delicadas estarão um passo à frente na captura desse segmento de mercado. A nova fronteira do atendimento automatizado não é ser humano, mas sim, ser o mais eficiente e menos opinativo possível.

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