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Como a técnica de CGI está revolucionando o mercado?

Por| 05 de Setembro de 2018 às 10h15

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Como a técnica de CGI está revolucionando o mercado?
Como a técnica de CGI está revolucionando o mercado?

* Por Daniel Smolenaars

Embora a técnica das imagens geradas por computadores (CGIs) já seja utilizada há décadas por setores como o cinema e os games, além dos segmentos aeroespacial e automobilístico, outros ramos do mercado como o varejo estão se aproveitando dessa tecnologia e revolucionando a divulgação de imagens de produtos. Hoje é possível fazer registros das mercadorias não da forma tradicional — manualmente com o auxílio de uma câmera e ambientando em um espaço físico — mas digitalmente e em 3D. Se antes poderia levar dias e uma equipe inteira de profissionais para produzir fotos de móveis, tratar as imagens para depois divulgar e comercializar os produtos, agora as mesmas ações são feitas em um menor tempo, com um número reduzido de especialistas e em maior escala. Tudo graças à técnica de CGI.

O que precisa ser enfatizado, porém, é que não se trata apenas de reduzir tempo, profissionais e custos relacionados à produção das imagens, mas a outros benefícios que a tecnologia agrega. Por exemplo, ao invés de tirar uma foto de uma cama e exibir essa imagem estática a potenciais consumidores em sites de compra, melhor é possibilitar a eles o poder de movimentar a imagem para ver o objeto tridimensionalmente, de vários ângulos. Ou ir além e permitir que, munido de um tablet ou smartphone com câmera, o usuário possa posicionar esse objeto “fisicamente” em seu espaço via realidade aumentada, mesclando ambientes físicos e virtuais e promovendo uma experiência única, sem estar de posse do produto.

A Cora, uma plataforma digital, já faz esse tipo de entrega. A partir de uma imagem, é possível apresentar um mesmo produto de 32 ângulos diferentes. E como isso é possível? Algoritmos com base em tecnologias avançadas como machine learning auxiliam o profissional a projetar uma cena computadorizada, porém realista. Ao ser comparada com uma imagem “real”, pode deixar muita gente em dúvida. Além disso, por meio da própria plataforma é possível acompanhar todo o processo de desenvolvimento das imagens e visualizá-las, otimizando o tempo gasto com aprovações que, em um processo tradicional, geralmente são feitas apenas no final, por exemplo.

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Sem dúvida, proporcionar isso a um cliente — especialmente àqueles que optam pela comodidade de fazer uma compra online em vez de ter de se deslocar para um local e ver com seus próprios olhos —, é sair à frente no mercado, cada vez mais transferido para o ambiente digital ao invés de permanecer apenas no mundo offline. E tudo isso já está sendo colocado em prática em um modelo de negócio que se baseia em design e tecnologia.

Nos Estados Unidos, o uso dessa técnica é praticada em e-commerces de diversos ramos, desde decoração até beleza e fashion. Se antes uma empresa precisava encomendar com um estúdio de fotografia ou fotógrafo 500 imagens de produtos por ano, hoje, por meio da técnica de CGI, é possível produzir 1.000 cenas por dia, com qualidade, possibilidades de edição e de acordo com as especificações desejadas pelo cliente.

Em um contexto no qual profissões e especialidades estão sendo remodeladas em razão da transformação digital que está avançando em vários setores, do mercado e da indústria, a técnica de CGI passa a ser um nicho interessante de profissionalização para designers e também desenvolvedores. Mas para surfar nessa tendência, é preciso ir em busca de conhecimento e entender como a técnica funciona para ser aproveitada em negócios variados.

*Daniel Smolenaars é CTO da CreativeDrive na América Latina