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CEO da TOTVS e diretor da AWS revelam o que buscam em funcionários

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Marcelo Fischer/Canaltech
Marcelo Fischer/Canaltech

O diretor-geral da AWS no Brasil, Cléber Morais, e o CEO da TOTVS, Dennis Herszkowicz, revelaram no palco do RD Summit o que buscam na hora de contratar novos funcionários. 

A fala dos líderes de duas das maiores empresas de tecnologia com atuação no Brasil aconteceu no RD Summit 2025, em São Paulo (SP), nesta quinta-feira (6). O debate "Do Brasil Para o Brasil: Liderar, Inovar e Traduzir o Futuro" foi mediado pela jornalista Christiane Pelajo, da CNBC Times Brasil.

De acordo com ambos os executivos, apesar da capacidade técnica do candidato ser importante, são as habilidades comportamentais e a adequação cultural que definem uma contratação bem-sucedida. 

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O que a TOTVS busca no funcionário?

Após receber um parabéns da plateia por conta de seu aniversário, Dennis Herszkowicz explica que a primeira coisa que a TOTVS vai atrás “é de gente boa que quer coisa grande”

O CEO enfatizou a cultura da empresa de trabalhar com pessoas que são amigáveis no dia-a-dia e que tem ambição. 

E, segundo ele, quem entra na empresa tende a ficar lá por um bom tempo. Herszkowicz diz que é comum encontrar funcionários com 15, 20 ou até 25 anos de casa. 

"A única forma de você ter gente que está há tanto tempo dentro de uma empresa tão bem-sucedida... E que você vê que as pessoas estão lá porque elas querem", disse, ressaltando que a TOTVS "é vitrine" e que seus profissionais poderiam ir para outras empresas se quisessem.

O executivo complementa que, por a TOTVS ser uma empresa nacional de capital aberto, procuram por um perfil específico dentro da companhia: profissionais dispostos a assumir um nível elevado de autonomia e decisão. "Você precisa ser alguém que está a fim de ter muita responsabilidade", completou.

AWS: obsessão pelo cliente

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Já na AWS, de acordo com o diretor-geral Cléber Morais, a cultura para contratações segue o “padrão Amazon” de foco no cliente. 

Depois da validação técnica, ou seja, de o candidato comprovar que está apto ao cargo, o foco da seleção muda para as características pessoais, alinhadas aos princípios de liderança da empresa.

"Um dos elementos que nós temos, por exemplo, é a obsessão pelo cliente", exemplificou.

Cléber revelou um diferencial no processo de seleção da Big Tech: o “Bar Raiser”. Em português, a expressão remete a alguém que “eleva o nível”. Essa pessoa é um funcionário experiente, que conhece profundamente os princípios da companhia e participa da entrevista final com o candidato.

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Esse entrevistador tem um tipo de “poder de veto” sobre a contratação, independente da opinião de outros gestores. “Se o Bar Raiser falar que não pode trabalhar na Amazon, ele não vai trabalhar”, garante Morais.

O executivo definiu a cultura da empresa como a de uma “startup” gigante, organizada nos chamados “two-pizza teams” – equipes pequenas o suficiente para serem alimentadas por duas pizzas – focadas em empoderar funcionários para tomada de decisão. 

Liderança além da técnica

Apesar de comandarem gigantes da tecnologia, ambos os executivos vieram de áreas distintas — Herszkowicz do Marketing e Morais da Engenharia —, mas concordaram que a liderança no setor hoje depende fundamentalmente de pessoas.

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O CEO da TOTVS, empresa fundada antes do “crash da Nasdaq” em 1999, afirmou que a principal lição da sua carreira foi a necessidade de “aprender a lidar com gente”. 

Já Morais, que passou por companhias como HP, SAP e Dell, destacou a “capacidade de treinar e montar times” e a “capacidade de se adaptar” como cruciais, especialmente diante da rápida evolução de tecnologias como a inteligência artificial.

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