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Automação e conteúdo autêntico: 8 tendências para marcas no Instagram em 2026

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Zulfugar Karimov/Unsplash
Zulfugar Karimov/Unsplash

O futuro do Instagram nos próximos anos será marcado por uma dualidade estratégica: o avanço da inteligência artificial (IA) nos bastidores e, na contramão, uma exigência maior por conteúdo humano e autêntico no feed.

É o que aponta uma análise de mercado feita pela mLabs, plataforma de gestão de mídias sociais. O estudo projeta que 2026 será um ponto de virada para a rede social da Meta, alterando a forma como criadores de conteúdo, marcas e consumidores interagem.

As mudanças estruturais previstas impactam desde a operação de tráfego pago até a forma como o algoritmo classifica vídeos e imagens. 

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8 tendências para marcas no Instagram em 2026

Confira abaixo as oito principais tendências levantadas pelo estudo.

  1. Automação total do tráfego pago
  2. A era do "First-party data"
  3. "Unshittification" e autenticidade
  4. Penalização de reposts e foco no vídeo
  5. Carrossel para contar histórias
  6. SEO Social
  7. Social Commerce sem lives
  8. Marketing de influência focado em performance

1 - Automação total do tráfego pago

A gestão de anúncios deve passar por uma ruptura completa. A previsão é que a Meta automatize 100% da criação e distribuição de campanhas publicitárias até o final de 2026.

O objetivo da empresa seria democratizar o acesso à publicidade para pequenos negócios. Para os profissionais da área, a rotina muda: sai o trabalho manual de configuração e entra a supervisão estratégica.

"O valor do profissional estará em fornecer briefings claros, garantir coerência de marca e ajustar a criatividade gerada pela IA", explica Rafael Kiso, fundador da mLabs.

2 - A era do "First-party data"

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Com o fim dos cookies de terceiros e o aumento das restrições de privacidade, a coleta de dados próprios (first-party data) será essencial.

A performance das campanhas automatizadas da Meta dependerá diretamente da qualidade dos dados que as marcas conseguem coletar de sua própria audiência, e em conformidade com a LGPD.

Isso permitirá uma hiperpersonalização dos anúncios, tanto para remarketing quanto para prospecção de novos clientes.

3 - "Unshittification" e autenticidade

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O termo "unshittification" (expressão que inglês significa “despiorar”) surge como uma resposta à saturação de conteúdos genéricos criados por IA. O estudo indica que o algoritmo voltará a priorizar histórias reais e imperfeitas.

Formatos mais simples, que demonstram humanidade, tendem a ganhar relevância orgânica como um diferencial competitivo frente à automação massiva.

4 - Penalização de reposts e foco no vídeo

Os Reels ainda serão prioridade do algoritmo, mas com uma mudança crucial: o Instagram vai penalizar conteúdos republicados. Ou seja, marcas que baseiam sua estratégia em reposts ou meses de terceiros terão queda de alcance.

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Além disso, o desafio será dominar o "micro-storytelling": capturar a atenção nos primeiros segundos e manter a retenção com uma narrativa mais aprofundada.

5 - Carrossel para contar histórias

A expansão dos carrosséis para até 20 fotos ou vídeos não é por acaso. A estratégia é uma resposta direta ao TikTok, buscando aumentar o tempo de tela do usuário.

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Este formato deve se consolidar como uma ferramenta de aprofundamento. "Um Reels viral pode servir como a 'isca', direcionando o público para um carrossel no feed que aprofunda o tema e, por fim, a uma venda", analisa Kiso.

6 - SEO Social

O Instagram se consolida cada vez mais como um motor de busca, tornando o SEO (Otimização para Mecanismos de Busca) indispensável dentro da plataforma.

Para 2026, a recomendação é otimizar nome, biografia, legendas e hashtags com palavras-chave relevantes. Segundo o estudo, quem dominar essas técnicas de busca terá mais chances de se tornar autoridade em seu nicho do que quem apenas tenta viralizar.

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7 - Social Commerce sem lives

Apesar da aposta anterior em "Live Shopping", a tendência para 2026 é que o comércio social evolua para formatos mais escaláveis e automatizados.

A Meta deve concentrar esforços em anúncios "shoppable" (compráveis, em inglês) e no checkout direto na plataforma, integrados à automação de IA. O foco migra da transmissão ao vivo para conteúdos que levem à compra direta, combinados com tráfego pago focado em conversão.

8 - Marketing de influência focado em performance

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O mercado de influenciadores deve amadurecer para um modelo orientado a resultados concretos, e não apenas visibilidade. O estudo aponta uma migração dos investimentos em celebridades para micro e nano-creators.

A explicação está na confiança: consumidores em 2026 tenderão a confiar mais em recomendações de pessoas que sentem ser "próximas" do que em grandes estrelas. O uso de links rastreáveis e afiliados será o motor dessa estratégia para medir o retorno sobre o investimento.

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