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Atenção dos humanos é menor que a de um peixinho dourado, revela pesquisa

Por| 19 de Maio de 2015 às 13h26

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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Com todas as preocupações que uma pessoa adulta sofre no dia a dia, pode até parecer normal que a nossa atenção esteja comprometida. Mas o que poucos esperavam é que, hoje, ela é menor do que a de um peixinho dourado de aquário. A descoberta foi feita em uma pesquisa realizada por cientistas da Microsoft. Segundo o estudo, a atenção dos seres humanos é mais curta do que a destes pequenos animais — e a culpa pode ser toda da tecnologia.

A pesquisa foi feita no Canadá e duas mil pessoas responderam a algumas perguntas, além de participar de jogos online que envolvem a capacidade de concentração. Também foram feitos exames de eletroencefalogramas em outros 112 voluntários do país.

O estudo concluiu que a capacidade de concentração dos seres humanos está sendo reduzida devido ao impacto do crescimento constante dos dispositivos móveis e das mídias digitais.

Em 2000, a capacidade de atenção humana atingia uma média de 12 segundos e, em 2008, ela caiu para apenas oito segundos, ficando um segundo atrás da capacidade de atenção média estimada para peixinhos dourados.

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A partir das respostas ditas pelos voluntários e pelos resultados dos jogos, os participantes foram divididos em três categorias: alta, média e baixa capacidade de concentração. Os exames de eletroencefalograma foram realizados enquanto os voluntários assistiam a algumas mídias e participavam de atividades. Assim, os cientistas analisavam como variava a atenção dos participantes quando o assunto mudava. De acordo com o relato dos pesquisadores, "canadenses com estilo de vida mais digital têm dificuldade de se concentrar em ambientes onde a atenção prolongada é necessária".

Participantes que adotaram estas tecnologias mais cedo, quando crianças ou adolescentes, ou que as utilizam de forma mais constante, acabaram aprendendo com o tempo a processar grandes quantidades de informação, antes mesmo de mudar o foco de sua atenção, e isso resulta em níveis de concentração aumentados em picos. "Eles são melhores para identificar com o que querem ou não querem se envolver e precisam de menos tempo para processar e alocar coisas na memória", diz o relatório dos cientistas.

Já as pessoas que usam várias telas ao mesmo tempo, por exemplo, mexem no celular enquanto assistem à televisão, têm mais dificuldade na hora de filtrar a informação recebida através destes dispositivos.

Os pesquisadores finalizam o relato dizendo que a notícia não é tão preocupante, pois o nosso cérebro pode ainda estar se adaptando às novas tecnologias, e que isso pode ser apenas um efeito colateral normal.

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Fonte: CNET