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Amazon terá nova demissão em massa com corte de 9 mil trabalhadores

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Christian Wiediger/Unsplash
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E a onda de demissões em empresas de tecnologia continua, desde o início do segundo trimestre de 2022. A Amazon já havia avisado no final do ano passado que eliminaria pelo menos 10 mil postos de trabalho em escala global, e, no início do ano, projetou uma meta de 18 mil cortes no início de 2023, como parte de reestruturação nos custos da companhia. Agora, a gigante varejista confirma a nova leva de desempregados, com 9 mil desligamentos — e um total de 30 mil colaboradores dispensados desde o começo da crise no setor.

“Esta foi uma decisão difícil, mas que achamos ser a melhor para a empresa a longo prazo”, escreveu o CEO Andy Jassy, no memorando de dispensa. “Alguns podem perguntar por que não anunciamos essas reduções de funções com as que anunciamos alguns meses atrás”, acrescentou. “A resposta curta é que nem todas as equipes terminaram suas análises no final do outono; e, em vez de apressar essas avaliações sem a devida diligência, optamos por compartilhar essas decisões conforme as tomamos, para que as pessoas tivessem as informações o mais rápido possível.”

Desta vez, a rodada de cortes, que acontecerá nas próximas semanas, terá maior incidência no expediente das divisões Amazon Web Services, People Experience and Technology (PXT), publicidade e Twitch.

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Justificativa de demissões na Amazon foi a “bolha” criada na pandemia

Quando o mundo todo se viu isolado socialmente por conta da pandemia de covid-19, os serviços e produtos digitais viram um boom sem precedentes, já que muita gente passou usar mais os computadores, dispositivos móveis, comunicadores instantâneos, streaming, armazenamento em nuvem e várias outros itens ligados à tecnologia.

O mercado floresceu tanto em 2020 que, ainda que houvessem alertas sobre uma possível “bolha” estourando com o fim da pandemia, muitas companhias continuaram apostando alto, e o setor contratou bastante gente em 2021.

Só que, como sabemos, a “bolha” realmente estourou quando a pandemia desacelerou e o mundo todo passou a ter mais tempo fora dos ambientes digitais. Aliás, o setor viu até uma diminuição de consumo de produtos e serviços de tecnologia maior do que a prevista, possivelmente porque as pessoas estivessem saturadas com os relacionamentos virtuais e realmente carentes de mais interação pessoal próxima.

A Amazon, assim como várias outras grandes empresas de tecnologia, aumentou rapidamente seu número de funcionários durante a pandemia. “[As contratações] fazima sentido, considerando o que estava acontecendo em nossos negócios e na economia como um todo. No entanto, dada a economia incerta em que residimos, e a incerteza que existe no futuro próximo, optamos por ser mais simplificados em nossos custos e número de funcionários”, acrescentou.

Vale destacar que, na semana passada, a Meta, controladora do Facebook, também anunciou o corte em massa de mais 10 mil trabalhadores, além dos 11 mil desligamentos do final do ano passado. Até agora, contabilizando somente as big techs de escala global, já foram mais de 100 mil demissões desde o segundo trimestre do ano passado.