Google doará quase US$ 300 mil para a revista Charlie Hebdo

O ato terrorista que resultou na morte de 12 pessoas na França continua sensibilizando as pessoas ao redor do mundo. Nesta quinta-feira (8), o Google afirmou que fará uma doação no valor de 250 mil euros, o equivalente a US$ 296 mil, para a revista satírica francesa Charlie Hebdo, alvo do ataque.

De acordo com o Business Insider, o Google afirma que a doação vem do "fundo de inovação da imprensa" e faz parte de uma maciça manifestação de apoio à revista. Editores franceses também estão participando da campanha, com mais 250 mil euros destinados à Charlie Hebdo. Os funcionários que sobreviveram ao atentado prometeram que vão reverter as doações numa edição histórica, com mais de um milhão de cópias, na próxima semana. A tiragem média costuma ser de 60 mil exemplares.

Um dos redatores da Charlie Hebdo, Patrick Pelloux, afirmou numa entrevista concedida para a tevê que está determinado a continuar a publicação da revista, pois seu fechamento faria com que as mortes dos colegas "de nada valesse". "É muito difícil. Estamos todos sofrendo, com tristeza e medo, mas vamos fazê-lo (continuar a publicação da revista) de qualquer maneira, porque a estupidez não vai vencer", disse.

Conhecida por suas charges provocativas, a Charlie Hebdo tem sido alvo de ataques extremistas já há algum tempo. Em 2011, os escritórios foram bombardeados após a publicação de uma caricatura do profeta Maomé. Em 2012, o editor-chefe Stéphane Charbonnier, assassinado na chacina de quarta-feira (7), disse ao jornal francês Le Monde que preferia "morrer de pé do que viver de joelhos".

O ataque de quarta-feira é atribuido a extremistas religiosos. Dois suspeitos continuam foragidos e um jovem de 18 anos foi levado sob custódia. Enquanto isso, continuam as manifestações de solidariedade em todo o mundo, condenando os ataques. A hashtag #JeSuisCharlie segue bastante utilizada no Twitter.