3 erros que ainda atrapalham pequenos lojistas nos marketplaces em 2025
Por Claudio Yuge |

As micro e pequenas empresas brasileiras vêm ganhando cada vez mais espaço no comércio eletrônico. Em 2024, o setor movimentou R$ 67 bilhões em vendas online, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), baseados na Receita Federal. O número representa um salto de mais de 1.200% em apenas cinco anos e consolida os marketplaces como vitrine para empreendedores que antes dependiam apenas do varejo físico.
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Apesar desse avanço, especialistas alertam que muitos lojistas ainda cometem erros básicos ao migrar para o ambiente digital. Para Reginaldo Stocco, CEO da vhsys, empresa de tecnologia voltada à gestão empresarial, são justamente os detalhes que diferenciam quem consegue crescer de forma sustentável daqueles que ficam pelo caminho.
“É animador ver esse movimento, mas muitos pequenos ainda tropeçam em falhas clássicas que comprometem a rentabilidade e a reputação no marketplace”, explica Stocco.
A seguir, os três principais erros que ainda seguram o potencial dos pequenos lojistas — e como evitá-los:
1. Preço sem estratégia clara
Muitos empreendedores definem valores olhando apenas para a concorrência, sem levar em conta taxas do marketplace, custo de frete ou margem de lucro. Essa prática pode gerar visibilidade momentânea, mas compromete a rentabilidade a médio e longo prazo.
Como resolver: calcule o preço final com base no custo total da operação e adotar ferramentas comparativas. O objetivo não é ser o mais barato, mas sim competitivo sem sacrificar margem.
2. Imagens e descrições pouco atrativas
Fotos de baixa qualidade e textos genéricos afastam clientes que ainda não conhecem a marca. Em marketplaces, onde milhares de ofertas competem lado a lado, a primeira impressão pode ser decisiva.
Como resolver: invista em fotos de alta qualidade, com ângulos variados, e descrições claras. Além disso, liste características, destaque benefícios diferenciais e use palavras-chave que aumentem a relevância nas buscas internas da plataforma.
3. Gestão manual de estoque e pedidos
Atualizar estoque e pedidos de forma manual abre espaço para erros: produtos esgotados continuam anunciados, entregas atrasam e a reputação da loja sofre — algo especialmente crítico em plataformas que exibem métricas de desempenho para os consumidores.
Como resolver: integre um sistema de gestão (ERP ou plataforma digital) ao marketplace, permitindo atualização automática de estoque e status de pedidos. Isso reduz falhas, melhora a experiência do cliente e aumenta as chances de conquistar avaliações positivas.
A importância da profissionalização digital
O salto das vendas online mostra que pequenos empreendedores já perceberam o potencial dos marketplaces. Mas, segundo Stocco, o desafio agora é profissionalizar a operação para competir em pé de igualdade com grandes marcas.
“Não basta estar presente no digital, é preciso cuidar de cada detalhe. Preço, imagem e gestão integrada são os pilares que definem quem vai se destacar nesse cenário altamente competitivo”, reforça o executivo.
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