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Startup promete modelo viável de energia por fusão nuclear em 30 anos

Por| 26 de Junho de 2018 às 14h14

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Startup promete modelo viável de energia por fusão nuclear em 30 anos
Startup promete modelo viável de energia por fusão nuclear em 30 anos

Uma startup de Washington chamada Agni Energy promete que está muito próxima de resolver um dos maiores desafios do mundo da física: o de produzir energia por fusão nuclear de forma viável para uso comercial. A empresa informou que está próxima de uma tecnologia para isso, em uma estimativa de menos de 30 anos.

Atualmente, a geração de energia nuclear é feita por um processo de fissão de átomos, isto é, a quebra da partícula. Contudo, isso gera uma quantidade de radiação e resíduos que são altamente difíceis de se controlar. A proposta da fusão é exatamente o contrário, ou seja, a junção de partículas para a formação de um novo átomo, com ganho de energia.

Embora cientistas saibam em teoria como o processo de fusão nuclear funciona, ainda não se sabe como fazer o processo de forma viável comercialmente. Para a fusão, é preciso inserir uma grande quantidade de energia, sendo que, para que o processo seja rentável, é necessário devolver mais energia que receber.

É isso que a Agni Energy promete, um sistema que produz mais energia que recebe sem que produz tantos resíduos. A nova técnica envolve o uso de campos magnéticos para criar um dispositivo de fusão híbrida, ou seja, que mistura as duas técnicas atuais de fusão: uma que envolve esquentar plasma, estado da matéria em que há gás ionizado, com laser ou raios de íons, e outra que comprime o plasma com campos magnéticos de alta densidade.

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A nova técnica é chamada de fusão com raios direcionados ("beam-target fusion", no original), na qual a empresa emite um raio de átomos ionizados em um anteparo. Com isso, os átomos do raio se fundem com os átomos formados na colisão com o anteparo, permitindo a fusão. Além disso, lentes magnéticas estabilizam e excitam átomos deste raio. O resultado é que dois tipos de átomos de hidrogênio surgem e dispersam uma grande quantidade de energia, a qual pode ser direcionada para uso comercial.

Como resultado, a fusão também gera hélio, que é um gás não tóxico, e tritium, um dos tipos de íons usados no raio original. Em outras palavras, o processo também gera de volta parte da fonte usada.

A técnica não é recente, mas foi proposta em 1930. Ela foi deixada de lado à época, pois os cientistas usavam mais energia que produziam. “Ela foi inicialmente descartada como um caminho para a fusão, pois irradiava muita energia. [A energia] se espalha muito quando atinge o anteparo". Como grande parte desta energia é liberada pelo caminho, os pesquisadores abandonaram a proposta, conforme explica Demitri Hopkins, chefe científico do projeto. Contudo, o avanço tecnológico permitiu que o grupo conseguisse reter e aproveitar esta energia que fica pelo caminho.

A empresa ainda está testando a técnica, mas Hopkins acredita em um modelo viável em um intervalo de 30 anos.

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Fonte: Space.com