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Pesquisadores colocam sensores em abelhas para monitorar plantações

Por| 26 de Dezembro de 2018 às 08h05

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Mark Stone/University of Washington
Mark Stone/University of Washington

Agricultores querem mais um empurrãozinho das abelhas para ajudar nas colheitas anuais. Pesquisadores da Universidade de Washington estão estudando formas de utilizar esses insetos para carregarem sensores muito pequenos que podem ajudar a levantar informações sobre colheita.

O equipamento pesa somente 102 miligramas, leve o suficiente para não impedir que o insetos voem livremente. Ainda, com a proposta de serem sem fio e com recarga por energia solar, não seria preciso nem recuperar o bichinho para pegar os dados.

Os pesquisadores conseguem fazer isso, pois optam por uma tecnologia que é diferente do GPS. No lugar de ter a posição exata de um chip, o que eles fazem é usar dados de vários deles e, assim, por triangulação, saber exatamente a posição de cada um. Dessa forma, conseguem criar mecanismos bem mais simples e leves para serem carregados pelas abelhas.

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“A bateria recarregável do conjunto pesa perto de 70 miligramas, então nós tínhamos menos de 30 miligramas restantes para fazer outras coisas, como sensores o sistema de monitoramento de localização da posição do inseto”, disse o coautor da pesquisa Rajalakshmi Nandakumar. Os 102 miligramas citados são equivalentes a sete grãos crus de arroz.

Claro que o sistema ainda não é tão preciso quanto o levantamento de dados por drone, utilizado atualmente. Contudo, já é possível fazer levantamentos de dados em tempo real de forma mais eficiente e rápida, já que cada drone precisa de uma preparação de pode voar por no máximo 30 minutos por vez.

Os aparelhos criados pelos desenvolvedores têm capacidade de armazenamento de 30 Kb e faz o levantamento de dados de temperatura, umidade e luz.

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Até o momento, eles ainda não conseguem fazer a coleta de dados ao vivo, mas recebem as informações quando as abelhas passam perto de sensores instalados em alguns locais. Como a ideia ainda é um protótipo, a proposta é fazer com que os dados sejam transmitidos em tempo real em breve.

Outra vantagem das abelhas em relação a drones é que elas conseguem andar entre a lavoura, fazendo um levantamento mais preciso de cada local da plantação.

“Ter estes insetos carregando os sistemas de sensores pode ser benéfico para fazendas porque abelhas podem sentir coisas que objetos eletrônicos, como drones, não conseguem”, explica Shyam Gollakota, professor da Universidade de Washington. “Com um drone, você pode apenas voar de forma aleatória, enquanto a abelha vai buscar coisas específicas, como plantas que preferem polinizar. O mais importante sobre este cenário é que você pode também aprender muito sobre como as abelhas se comportam”, finaliza.

A pesquisa completa está disponível no site da universidade.

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Fonte: University of Washington