Parte superior do Arco de Darwin, em Galápagos, desaba por conta da erosão
Por Wyllian Torres • Editado por Patricia Gnipper |
A parte superior da estrutura rochosa conhecida como Arco de Darwin desabou no último dia 17 de maio, por conta da erosão natural, conforme divulgou o Ministério do Ambiente e da Água do Equador em seu perfil no Twitter. O arco ficava localizado a sudeste da Ilha de Darwin, uma das ilhas do Arquipélago de Galápagos, no Oceano Pacífico. Tanto a ilha como o arco receberam o nome do naturalista Charles Darwin, autor de Origem das Espécies e mundialmente conhecido por seus avanços a respeito da evolução no campo das ciências biológicas .
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O arco ficava localizado a cerca de 1 quilômetro da íngreme encosta rochosa da Ilha de Darwin, uma região conhecida como um dos melhores pontos de mergulho de todo o arquipélago, onde é possível observar grandes cardumes e tubarões, entre outras espécies. Agora, sem o topo, permanecem duas colunas que algumas empresas da indústria de mergulho e turismo, como a Agressor Adventures, estão chamando de “Os Pilares da Evolução”.
Estudos realizados anteriormente haviam revelado a riqueza das águas que cercam a região do então Arco de Darwin, abrigando uma densa variedade de espécies de tubarão, recifes e peixes pelágicos — que vivem no oceano aberto, mas que se mudam de acordo com a estação e para se alimentar. Embora a visita de turistas seja proibida na estrutura natural em si, o acesso às águas é permitido. Entre as muitas espécies, os pesquisadores encontraram tartarugas marinhas, raias jamantas, golfinhos e o maior peixe vivo conhecido, o tubarão-baleia — incluindo quatro fêmeas grávidas.
A vida marinha e terrestre das 19 ilhas que formam o arquipélago estão protegidas pela Reserva Marinha de Galápagos, a segunda maior reserva aquática do mundo. As ilhas também são reconhecidas como Patrimônio Mundial pela UNESCO desde 1978. O então Arco de Darwin teria sido parte da Ilha Darwin em seu passado, mas que, agora, resiste ao tempo e às intempéries em sua nova versão, informalmente apelidada de Os Pilares da Evolução — e que permaneça também a diversidade de vida, outrora explorada por Darwin.
Fonte: ScienceAlert