Operação Jubarte | PF e ICMbio fazem escolta de corredor migratório de baleias
Por Melissa Cruz Cossetti | •
As redes sociais estão cheias delas: baleias-jubarte em migração passando pelo litoral brasileiro, em especial nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, no Sudeste. É por causa desse espetáculo da natureza que a Polícia Federal (PF) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão, desde a última sexta-feira (20/6), de prontidão na Operação Jubarte – justamente para proteger o corredor migratório.
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A ação conjunta fiscaliza embarcações e também protege o corredor migratório de baleias na Região dos Lagos – ou Costa do Sol (RJ) – e se estende até 30 de junho.
As atividades da operação envolvendo escolta e barcos da polícia federal incluem:
- o monitoramento de embarcações de turismo;
- a repressão ao molestamento de animais;
- e a prevenção de outros crimes ambientais.
No último sábado (21), agentes da PF e do ICMBio evitaram que um balão junino, ainda com chamas acesas, caísse na vegetação nativa da Ilha do Farol, em Arraial do Cabo/RJ. O balão foi interceptado e cerca de 300 metros de linha de nylon foram recolhidos do mar – situação que pode prejudicar a passagem das baleias nos fios.
Embarcações industriais que se aproximam também estão sendo abordadas na Reserva Extrativista de Arraial do Cabo (Resex). Já lanchas e motos aquáticas estão sendo impedidas de trafegar nos arredores da Resex, onde passam baleias.
Uma forma segura, que não prejudica a viagem dos animais e garante a população ver o fenômeno, é o uso de drones, para filmar as baleias nas ondas da região do alto, sem aproximar barcos.
A prefeitura da cidade de Arraia do Cabo, por exemplo, compartilhou nesta segunda-feira (23) belas imagens de baleias-jubartes na Praia Grande.
“Abrindo a semana com emoção, um trio de baleias-jubarte desfilou com graça pela costa da Praia Grande nesta manhã. Um momento raro e inesquecível que foi eternizado pelas lentes sensíveis do fotógrafo Jorge Porto”, escreveu no Instagram.
Turismo de observação
De acordo com as instituições envolvidas, a chamada Operação Jubarte é motivada pelo crescente turismo de observação na região, que, sem a devida fiscalização, pode gerar estresse e afastar os animais com embarcações próximas e movimento.
A atividade é regulamentada pela Lei Federal 7.643/88, que proíbe o assédio intencional a cetáceos e prevê penas de dois a cinco anos de reclusão e multa.
Veja mais perto:
Segundo o ICMBio, a intensificação da fiscalização contribui diretamente para o aumento da população de baleias e outros mamíferos marinhos na região. A expectativa é que o número de mais de 15 mil baleias-jubartes que passam anualmente pela Reserva Extrativista de Arraial do Cabo seja ainda maior em 2025.
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Fonte: Agência Gov