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Ilha das cobras? Conheça 5 ilhas habitadas por serpentes no mundo

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Marian Florinel Condruz/Unsplash
Marian Florinel Condruz/Unsplash

As serpentes podem viver entre rochas, no solo, nas árvores ou mesmo na água, o que as tornam especialistas em ocupar ilhas distantes e desabitadas. Em alguns casos, a população desses répteis cresce de tal forma que ameaça a existência de outras espécies locais, como roedores ou mesmo aves. No mundo, existe mais de uma ilha das cobras, sendo que um dos exemplares mais famosos está no Brasil. É a Ilha da Queimada Grande, no litoral de São Paulo.

Ilha de Sheadao, na China, ou ainda a Ilha de Guam, pertencente aos EUA, também recebem este apelido popular de ilha das cobras, devido à proliferação desses habitantes que podem ser perigosos aos humanos. Isso quando têm um veneno mortal. Outros exemplos são a Ilha Golem Grad, na Macedônia do Norte, e a Ilha Pulau Tiga, na Malásia.

Ilha das cobras? Quantas são no mundo?

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Diferentes critérios podem ser usados para definir o que é ilha das cobras, mas, em geral, o nome é dado para aquelas com uma alta concentração de serpentes, sendo habitada ou não por humanos. 

A seguir, conheça mais sobre as 5 diferentes regiões conhecidas informalmente como ilha das cobras:

1. Ilha da Queimada Grande, no Brasil 

Entre as cidades de Itanhaém e de Peruíbe, no litoral do estado de São Paulo, a Iha da Queimada Grande é comumente conhecida como ilha das cobras. Isso porque o local de acesso restrito abriga de 2 a 3 mil serpentes da espécie jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), que são venenosas. Em menor grau, também rastejam pelo região de Mata Atlântica uma pequena população de dormideiras (Dipsas albifrons).

Por causa da quantidade extensa de répteis, a ilha brasileira é conhecida como a segunda ilha mais densamente habitada por serpentes nativas do mundo, segundo especialistas.

2. Ilha de Sheadao, na China

O pódio do ranking da ilha das cobras é da Ilha de Shedao, localizada a mais de 10 km da costa da China, “perto” da cidade de Dalian. O local é habitado por mais de 15 mil serpentes da espécie conhecida como víbora-de-shedao (Gloydius shedaoensis). Diferentes estudos já analisaram essa população, como um artigo publicado na revista The Anatomical Record.

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Como adiantamos, a Ilha de Shedao recebe o título informal de a ilha mais densamente habitada por serpentes nativas do mundo. Isso logicamente pode mudar no futuro, dependendo de novos estudos científicos.

3. Ilha de Guam, pertencente aos EUA

No Oceano Pacífico, um território que pertence aos EUA também pode ser chamado de ilha das cobras. É a Ilha de Guam, que tem uma população de até  2 milhões de serpentes invasoras da espécie cobra-arbórea-marrom (Boiga irregularis). As “exóticas” são originárias da Austrália, da Papua-Nova Guiné e da Indonésia. 

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Como o local não é uma ilha tão pequena e é habitado, além de ter espécies invasoras, acaba não entrando na disputa entre a Ilha da Queimada Grande e da Ilha de Shedao, mas o número impressiona e causa inúmeros danos e prejuízos econômicos para os moradores.

4. Ilha Golem Grad, na Macedônia do Norte

Desabitada há séculos, a pequena ilha Golem Grad, na Macedônia do Norte, também recebe o apelido informal de ilha das cobras por causa dos moradores indesejados, como a víbora-de-chifre (Vipera ammodytes) e a cobra-d'água Natrix tessellata. Ali, alguns destes animais também habitam ruínas de edificações antigas.

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Segundo o livro Islands and Snakes: Diversity and Conservation, há alguns fatos curiosos envolvendo as serpentes de Golem Grad. Comparando com as outras populações de víboras, as da ilha são praticamente anãs, o que pode ser explicado pela baixa disponibilidade de alimentos (quase sempre centopeias). Já as cobras-d’água são maiores, o que pode ser justificado pelos grandes cardumes de peixe da região.

5. Ilha Pulau Tiga, na Malásia

Para citar mais um exemplo de ilha das cobras, ainda existe a Pulau Tiga, na Malásia, que recebe o apelido durante a temporada de acasalamento de uma espécie conhecida como Laticauda colubrina. Estas serpentes têm listras pretas, tom azulado e um focinho amarelo, com veneno. 

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Apesar da boa habilidade de natação, a espécie precisa emergir para respirar com alguma regularidade. Além disso, vai para a terra firme para depositar os seus ovos, assim como as tartarugas-marinhas. Nesta época, são avistadas com maior frequência. Outras espécies da família Elapidae também habitam o local.

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Fonte: Com informações: Sabah Parks, Islands and Snakes