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Golfinhos dão a si mesmos nomes que podem esconder outras informações secretas

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Louan García/Unsplash
Louan García/Unsplash

Os golfinhos são conhecidos por sua inteligência e habilidades sociais complexas, mas uma nova pesquisa publicada no último mês de abril no The Journal of the Acoustical Society of America revelou que a comunicação é ainda mais sofisticada do que se imaginava: os sons usados por golfinhos para se identificarem podem conter informações além da identidade, como emoções e contextos sociais.

Esses sons (assobios) funcionam como nomes próprios: cada golfinho desenvolve seu assobio único na infância e o utiliza por toda a vida. Ao analisar gravações feitas entre 2017 e 2018 com golfinhos na costa de Brisbane, na Austrália, os pesquisadores observaram pequenas variações nesses assobios, que se mantiveram consistentes ao longo dos anos. Isso sugere que os sons identificam o emissor e transmitem nuances emocionais e situacionais.

O estudo mostrou que assobios mais complexos, com maior modulação de frequência, apresentaram maior variabilidade. Essa variação não compromete a identidade sonora, mas permite expressar diferentes estados emocionais ou sociais. Além disso, machos demonstraram mais variabilidade do que fêmeas, sugerindo diferentes usos sociais desses sinais.

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A pesquisa também identificou assobios semelhantes usados por diferentes golfinhos, o que sugere que alguns sons podem funcionar como sinais compartilhados dentro de um grupo.

Os cientistas acreditam que os assobios de assinatura são mais comparáveis a expressões faciais do que a nomes humanos, já que mantêm características fixas que revelam identidade e carregam flexibilidade suficiente para expressar nuances emocionais.

Pensar nos assobios de assinatura dos golfinhos como equivalentes às nossas expressões faciais pode ajudar a sensibilizar a sociedade sobre a importância de proteger esses animais.

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Fonte: The Conversation

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