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Estudo sugere que Brasil será um dos mais afetados por mortes em ondas de calor

Por| 20 de Agosto de 2018 às 23h40

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Estudo sugere que Brasil será um dos mais afetados por mortes em ondas de calor
Estudo sugere que Brasil será um dos mais afetados por mortes em ondas de calor

Uma pesquisa publicada na revista científica PLOS Medicina revelou que o Brasil, junto de Colômbia e Filipinas, serão os países mais afetados por uma mudança climática que poderá aumentar o número de mortes causadas por ondas de calor entre os anos de 2031 e 2080.

As projeções realizadas consideram ondas de calor com ocorrências baixas, médias e altas. O Brasil, neste caso, terá um aumento de até 25% nas mortes por causa desses eventos climáticos, pois o país se enquadra nas ocorrências baixas. Se um país for afetado por uma ocorrência alta, as mortes podem aumentar em até 75%.

De acordo com o estudo, de todas as regiões analisadas (Américas do Norte, Central e do Sul, Europa setentrional, central e meridional, Leste da Ásia, Sudeste Asiático e Oceania), as áreas próximas ao Equador são as que têm mais riscos. A Europa e os Estados Unidos serão as regiões menos afetadas.

Para as pesquisas, foram considerados dados sobre a mortalidade e séries históricas de temperaturas registradas em 412 cidades de 20 países. As projeções de aumento de mortalidade foram calculadas usando dados disponibilizados de modelos climáticos globais (os mesmos que o IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, na sigla em inglês, usa para produzir seus relatórios).

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As ondas de calor não são definidas por um conceito universal na comunidade científica, mas expressa-se como um fenômeno em que há mais calor do que o comum ao longo de vários dias, o que pode causar problemas de saúde na população.

Isso apenas corrobora com uma pesquisa realizada pelo Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França, em que os cientistas disseram há algum tempo que, entre 2018 e 2022, há 58% de chance de que a temperatura da Terra seja anormalmente quente, além de haver 69% de chances de que os oceanos também se aqueçam absurdamente.

Fonte: Jornal da USP