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Dinamarca quer 12 gigawatts de energia eólica em projeto com ilhas de captação

Por| 25 de Maio de 2020 às 19h15

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Uma das principais nações europeias na geração de energia eólica, a Dinamarca quer expandir a sua capacidade e, consequentemente, do continente, com um plano audacioso e gigantesco: o país escandinavo planeja criar duas ilhas de energia que poderiam aumentar o poderio deste tipo de fonte no Velho Mundo em 54%. Os investimentos ficariam na casa dos 37 bilhões de euros.

Esse aporte vem mesmo em um momento que o mundo enfrenta a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e uma crise econômica sem precedentes. As duas ilhas — uma com estrutura artificial e a outra com a ilha existente de Bornholm, no Mar Báltico — serão inicialmente preenchidas com turbinas eólicas, adicionando 4GW à capacidade de energia renovável do país até 2030. Se construídas em sua capacidade total, poderiam produzir até 12 GW, poderio suficiente para ajudar na meta do governo local, que lançou um pacote climático na última quarta-feira (20) com objetivo de reduzir as emissões poluentes no país em 70% em dez anos.

"Apesar de estarmos no meio de uma crise de saúde sem precedentes, isso não significa que o problema das mudanças climáticas seja menor. Também estamos em crise climática. Isso nos mostra que estamos todos nas mãos da natureza, no final das contas", afirmou Dan Jorgenson, ministro do clima (equivalente ao Ministério do Meio Ambiente) da Dinamarca, em entrevista ao Financial Times.

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Jorgenson também disse que o projeto — que ainda precisa de aprovação do parlamento — será financiado por meio de parcerias público-privadas, com investidores privados fornecendo a maior parte do apoio. O desenvolvimento ambicioso é uma notícia bem-vinda ao setor de energias renováveis que, embora cresça constantemente, foi atingido por atrasos globais na construção devido ao coronavírus. Segundo a International Energy Agency (Agência Internacional de Energia, em tradução literal), o número de instalações de energia renovável que ocorrerá este ano será um terço menor que 2019, representando a maior queda desde 1996.

A Dinamarca sempre foi uma referência em geração de energia renovável, principalmente eólica, com quase metade da energia elétrica consumida no país tendo como origem o vento. Foi o primeiro país a construir um parque eólico offshore (extraterritorial) do mundo, em 1991, e é o lar de algumas das maiores empresas que usam esse tipo de fonte energética. 

Fonte: Engadget