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Calor da Sibéria chega a 38°C no último fim de semana e acende um alerta

Por| 23 de Junho de 2020 às 17h50

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Reprodução: Mladen Antonov/AFP
Reprodução: Mladen Antonov/AFP

A cada ano que passa, o aquecimento global vem trazendo mais consequências para o meio ambiente. Enquanto geleiras estão derretendo, cidades mais geladas estão experienciando climas mais quentes. Foi o que aconteceu no último sábado (20), na Sibéria, região da Rússia.

A cidade de Verkhoiansk, considerada uma das mais frias do mundo, atingiu a temperatura máxima recorde de 38°C , assim como praticamente todos os dias de verão no Rio de Janeiro, registrando ainda 35,2°C no dia seguinte, último domingo.

A fim de comparação, Verkhoyansk chegou em novembro do ano passado a marcar a temperatura congelante de - 60°C , e em 1892 atingiu -67,78°C . Além disso, no mês de junho a temperatura não costuma passar de 20°C .

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De acordo com informações do Serviço de Mudança Climática do Copernicus (C3S), comandado pela Comissão Europeia, a Sibéria vem passando por grandes variações de temperatura nos últimos anos, acontecendo mês a mês. A região registra, desde o ano passado, temperaturas acima da média, mesmo que seja incomum que um clima mais quente dure por muito tempo.

O ano de 2020 vem sendo marcante para o clima da Sibéria, que vem marcando altas temperaturas e sofrendo com a consequência de derretimento de neve e gelo. Isso contribui para o desmanche do pergelissolo, solo composto por terra, gelo e rochas, provocando o derramamento de óleo e dando início a uma severa temporada de incêndios.

De acordo com dados do C3S, o gelo da Sibéria começou a se partir relativamente cedo, no mês de maio. O último mês de maio, inclusive, foi o mais quente já registrado desde que os recordes começaram a ser analisados, ainda em 1979.

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Na última segunda-feira (22), imagens de satélites mostraram diversos incêndios próximos à Sibéria, perto do Círculo Polar Ártico. Mark Parrington, cientista sênior do Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus, revelou que a quantidade e intensidade dos incêndios aumentaram na região consideravelmente.

Segundo Martin Stendel cientista climático, a mudança de temperatura ocorrida no noroeste da Sibéria no mês passado deveria acontecer uma vez a cada 100 mil anos, mas as alterações que o mundo está enfrentando vem mostrando um estado de alerta.

Fonte: CNN