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Atividades agrícolas tornam o ar de áreas rurais tóxico como o das cidades

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Fevereiro de 2022 às 13h30

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Unsplash/Markus Winkler
Unsplash/Markus Winkler

Mesmo em áreas rurais, onde o ar é aparentemente limpo, partículas de poluentes nocivas à saúde humana são detectadas, conforme aponta uma nova pesquisa liderada pela University of Illinois. Apesar de uma menor concentração em relação às áreas urbanas, a poluição rural é altamente perigosa devido à sua composição.

Os materiais particulados finos (PM2,5) ficam suspensos no ar, como poeira, aerossol ou fumaça. Com menos de 2,5 micrômetros de diâmetro, eles percorrem grandes distâncias, mas também são pequenos o bastante para penetrar nossos pulmões.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece um limite seguro para o uso ambiental dessas substâncias. No entanto, pesquisas recentes apontaram que a massa dessas partículas pode ser menos importante do que sua composição química.

O novo estudo coletou amostras semanais de PM2,5, entre 2018 e 2019, nas cidades de Chicago, Indianápolis e St. Louis, além de uma área rural em Illinois. A equipe então analisou a composição, massa e potencial oxidativo delas.

As amostras apresentaram níveis semelhantes de potencial oxidativo, embora a massa de PM2,3 da área rural fosse relativamente menor do que as outras localidades. Os 12% vindos do setor agrícola representavam 60% do potencial oxidativo da região.

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Enquanto isso, o potencial oxidativo da maioria dos locais urbanos foi estimado em menos de 54%. Segundo os pesquisadores, é necessário que as métricas de saúde baseadas na poluição do ar considerem mais o potencial tóxico dessas partículas do que sua massa total.

A pesquisa também sugere que a maior parte dos produtos químicos potencialmente tóxicos, presentes no ar da zona rural de Illinois, se deve às atividades agrícolas da região, através da aplicação em larga escala de fertilizantes ou herbicidas — todos pulverizados em plantações. Do total de PM2,5 medido em Illinois, cerca de 80% vem de uma usina a carvão localizada a 12 km de distância. Ainda assim, os resíduos agrícolas são até duas vezes mais tóxicos do que a combustão do carvão.

Os pesquisadores esperam que a nova metodologia sirva para orientar o caminho das novas pesquisas para regulação ambiental, que deve passar a se basear também no nível de toxidade, e não apenas na quantidade dessas substâncias.

O estudo foi apresentado na revista Journal of Hazardous Materials.

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Fonte: Journal of Hazardous Materials, Via ScienceAlert