'Arco-íris de fogo' é visto no Piauí; entenda o fenômeno raro
Por Fidel Forato |
Fenômeno ótico raro, o “arco-íris de fogo” foi avistado no céu em uma cidade no interior do Piauí. Causado pela refração da luz em cristais de gelo presentes em um tipo específico de nuvem, o espetáculo visual viralizou a partir de vídeos compartilhados nas redes sociais. Não há nenhuma relação com chamas no céu.
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O “arco-íris de fogo” até parece uma imagem gerada por computação gráfica, mas está longe de ser fake. O avistamento raro ocorreu, no último fim de semana, na cidade de Picos, localizada a mais de 300 km de Teresina.
O fenômeno lembra uma trilha de fogo ou ainda a "fumaça" deixada pela passagem de um foguete. Para ser mais preciso, é um arco próximo ao horizonte e que se estende paralelamente.
O ponto é que é extremamente colorido, sendo preenchido por cores tipicamente associadas ao arco-íris. Inclusive, é desta relação que surgiu o apelido do que é oficialmente conhecido como arco circum-horizontal.
O que é "arco-íris de fogo"?
"O arco circum-horizontal é formado pelos cristais de gelo em nuvens Cirrus ou Cirrostratus, igual ocorre nos halos solares e lunares”, explica artigo da empresa de meteorologia Climatempo sobre a origem do fenômeno apelidado de “arco-íris de fogo”
Para entender, a ocorrência do fenômeno está diretamente ligada a nuvens que se formam em altas altitudes (na troposfera), entre 6 mil a 10 mil metros da superfície. Por causa da altura, contêm microscópicos cristais de gelo. Por isso, elas se parecem com um véu esbranquiçado e fino.
Entretanto, ainda existem outras características obrigatórias para a formação do fenômeno. “O sol tem que estar alto e 58° acima do horizonte", acrescenta. O fenômeno atinge sua intensidade máxima, quando chega a 68°. Assim, o efeito prisma ocorre ao máximo.
Vale explicar que, de modo geral, o "arco-íris de fogo" é conhecido como um fotometeoro, ou seja, um fenômeno luminoso produzido pela reflexão, refração ou interferência da luz solar ou mesmo lunar, como os falsos-sóis ou as colunas luminosas.
Saiba mais:
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Fonte: Climatempo, AMS