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O que você precisa saber sobre o GNU/Linux – Principais distros

Por| 02 de Março de 2018 às 12h36

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O que você precisa saber sobre o GNU/Linux – Principais distros
O que você precisa saber sobre o GNU/Linux – Principais distros

Como vimos na primeira parte desta série, há diversos motivos para um usuário começar a usar uma distro GNU/Linux. Mas qual distro escolher? É difícil precisar qual é a melhor para novos usuários, principalmente porque isso vai muito da preferência pessoal de qualquer um. Aliás, é difícil precisar “qual é melhor a distro” para basicamente qualquer finalidade.

De qualquer forma, há algumas distros conhecidas pela excelência em determinados segmentos. No quesito “iniciante”, as mais famosas se sobressaem não necessariamente pela interface em si, mas pela automatização de diversas tarefas. Da instalação até a detecção automática de hardware e manutenção geral. Vamos conhecer algumas delas nas próximas linhas.

Ubuntu

O Ubuntu é praticamente sinônimo de primeira distro. Apesar de atualmente estar na quarta posição do Distrowatch, ela certamente é a mais famosa de todas. Em especial quando lembramos que é uma das poucas distros oferecidas como alternativa ao Windows por algumas empresas, como Dell, Lenovo e HP. Nestes casos, a versão oferecida é a LTS (Long-Term Support), suportada por 5 anos pela Canonical, empresa por trás do Ubuntu.

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Na data de publicação deste artigo, a versão LTS é a 16.04 (abril de 2016), enquanto a mais recente é a 17.10 (outubro de 2017). As versões mais recentes são liberadas a cada 6 meses (e suportadas por 18 meses), e a próxima versão (18.04, codinome Bionic Beaver) trará as duas características, contando com suporte estendido de até abril de 2023.

Pois bem, por que usar o Ubuntu? Ele vem com todas as boas características de uma distro para iniciantes:

  • Possui um processo de instalação simples com detecção automática da maioria das configurações disponíveis;
  • É bastante amigável e intuitivo de usar;
  • Permite que o usuário faça a maioria das tarefas sem precisar usar o Terminal, da instalação de atualizações até a configuração de dispositivos.
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Além disso, conta com um enorme repositório de softwares, já que é baseado no Debian. Isso de forma bastante intuitiva. Não é necessário buscar programas na internet: basta abrir o Ubuntu Software Center, pesquisar e instalar de forma automatizada. Essas características tornam o Ubuntu uma boa opção tanto para novos usuários quanto para usuários mais avançados. A distro também é utilizada de base para outras distros, assim como utiliza o Debian como base. A mais famosa delas é o Linux Mint.

Linux Mint

Figurando na primeira posição da lista do Distrowatch (há um bom tempo, é importante destacar), temos o Linux Mint. Baseado no Ubuntu LTS mais recente (que, por sua vez, é baseado no Debian), ele oferece todas as vantagens que vimos acima, mas alguns diferenciais importantes. Atualmente o Linux Mint está na versão 18.3 (Sylvia), construído sobre o Ubuntu 16.04.3.

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E o que ele oferece de diferente? Em primeiro lugar, a interface gráfica padrão, a Cinnamon, que oferece uma experiência semelhante ao Windows. Certamente essa característica facilita a transição para quem vem do sistema da Microsoft (em todas as versões, exceto o Windows 8 e 8.1), oferendo uma espécia de conforto pela familiaridade. Há também uma versão mais simplificada da Cinnamon, com menos efeitos e menos exigência de processamento, chamada MATE. É possível escolher qualquer uma delas na hora de baixar e instalar*.

Mais do que isso, o Linux Mint é bastante conhecido por sua estabilidade no dia a dia. Bugs são bastante raros, assim como possíveis incompatibilidades com o passar do tempo, mesmo após atualizações. Não raro usuários escolhem o Linux Mint como primeira distro antes de explorar novas, mas acabam voltado para ela mesmo depois de aprender mais sobre o sistema do Pinguim.

*Veremos mais para frente que cada distro permite diversos ambientes gráficos, não sendo necessário escolher uma nova distro (ou reinstalar a distro atual) para trocar de uma para outra.

Manjaro

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Para finalizar, temos o Manjaro, cada vez mais popular no ranking do Distrowatch. Figurando na segunda posição, é uma distro baseada no Arch. Ou seja, trata-se de uma distro rápida e sempre atualizada, capaz de rodar com alta velocidade em praticamente qualquer máquina. Isso sem a necessidade de atualizar para uma nova versão. Como é baseada no Rolling Release do Arch, o sistema e os softwares recebem updates continuamente.

O grande diferencial do Manjaro é sua maior facilidade de uso comparado ao Arch. O processo de instalação é mais intuitivo, e boa parte do hardware é detectado de forma automática, inclusive a placa de vídeo — o que facilita o processo de instalação dos drivers proprietários. O ambiente de desktop mais comum é o Xfce, mas há versões para download com o KDE, GNOME e a versão Architect, mais indicada para usuários avançados. Há também versões mantidas pela comunidade (Budgie, Deepin, Cinnamon, MATE, entre outras).

Outro ponto importante é o acesso ao AUR (Arch Linux User Repository). Basicamente, é um repositório mantido pela comunidade com uma quantidade imensa de pacotes disponíveis para instalação. Isso com atualizações que ocorrem praticamente de minuto em minuto. Para quem quer um sistema rápido e sempre atualizado, sem deixar de lado a facilidade de uso, é difícil não escolher o Manjaro.

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Até o momento conhecemos três distros bem posicionadas no ranking do Distrowatch. Todas elas têm algo em comum: são baseadas em outras distros, as distros “mãe”. E nós vamos saber um pouco mais sobre elas na próxima parte deste artigo.