5 alternativas ao Photoshop que rodam no Linux
Por William Nascimento | 29 de Agosto de 2015 às 13h00
Muitos usuários de Linux têm orgulho em executar a plataforma em seus computadores. Mas mesmo com muitas distribuições como Ubuntu, Fedora, Debian e Mandriva, o sistema não consegue obter uma participação significativa no mercado. Várias pesquisas mostram que o market share do Linux gira em torno de 2%, o que afasta desenvolvedores e grandes empresas de desenvolvimento de softwares. Uma delas é a Adobe, que ainda não se mostrou interessada em desenvolver uma versão do Photoshop para o sistema.
O Photoshop é considerado o programa de edição de imagens mais popular do mundo, e não poder contar com ele em seu PC com Linux pode ser frustrante. No entanto, alguns desenvolvedores resolveram produzir programas correspondentes que podem solucionar a ausência do editor da Adobe. Se você não está disposto a instalar um Windows ou Mac OS em sua máquina, separamos cinco alternativas de editores de imagens para seu Linux.
1. Photoshop no Wine
Com um pouco de conhecimento do sistema, você pode fazer com que o Photoshop execute no Linux através de um emulador, o Wine. Ele configura uma área em seu sistema como uma espécie de sandbox para emular o Windows. Para poder baixar um software da plataforma da Microsoft, você tem que instalá-lo através do Wine utilizando um instalador .exe do software desejado.
Mas é preciso que você saiba que nem sempre os programas do Windows são executados por meio do Wine. Felizmente, o programa sofre uma constante evolução para que consiga se adaptar aos upgrades dos principais softwares Windows. Caso você encontre dificuldades para instalar o Wine em seu computador com Ubuntu, o pessoal do Ubuntu-BR-SC, comunidade brasileira reconhecida pela Canonical, pode ajudar neste tutorial bastante simples.
2. GIMP
O GIMP é uma das alternativas mais populares ao Photoshop para usuários do Linux, sendo conhecido como "a versão de código aberto do Photoshop". Criado em 1995, o GNU Image Manipulation Program oferece muitos dos recursos presentes no editor da Adobe. Ele é bastante flexível e contém características que permitem a construção ou edição de imagens em nível profissional. Outro ponto interessante no GIMP é a possibilidade de instalar plugins de terceiros para acrescentar funcionalidades. O programa é poderoso o suficiente para usuários casuais e até profissionais da área visual.
3. Inkscape
Se você utilizava o Photoshop para edição vetorial, o Inkscape é a melhor alternativa. Ele foi elaborado especificamente para edição de imagens vetoriais, e em muitos casos se sai muito melhor do que o famoso software da Adobe.
Entre as características do Inkscape estão formas básicas de vetores, um avançado agrupamento de objetos e gerenciamento, malhas de gradiente, amplo suporte para arquivos de diversos formatos e possibilidade de instalar plugins para acrescentar funcionalidades. Infelizmente, como é o caso de muitos dos programas open source, a interface do Inkscape deixa a desejar. No entanto, é suficiente para trabalhar de maneira semi-profissional, mas não tão limpo ou refinado como outros programas, como Photoshop ou Illustrator.
4. Pinta
No Windows, uma das melhores alternativas para o Photoshop é o editor de imagens gratuito Paint. Ele é bem mais leve do que o Photoshop e é adorado pelos usuários de máquinas de baixo desempenho. O Pinta é equivalente ao Paint, no entanto é desenvolvido para Linux.
O Pinta vem com todas as funções básicas e fundamentais que você precisa para realizar edições de fotografias e imagens. Ele inclui camadas ilimitadas, histórico de edição completo e mais de 35 efeitos de ajustes rápidos. Também é possível alternar entre uma interface fixa ou uma janela flutuante. Ele é a solução ideal para usuários Linux que querem realizar retoques de imagem de maneira rápida e sem muitos recursos profissionais.
5. Krita
Em 1998, um homem chamado Matthias Ettrich utilizou o GIMP como base para criar uma interface independente somente para ele. Isso causou divisões entre a comunidade GIMP, levando ao desenvolvimento de um editor de imagem concorrente que acabaria por se chamar Krita.
O foco principal do Krita é pintura digital. Como tal, ele tenta esconder a maioria dos seus elementos de interface para facilitar sua utilização, principalmente para iniciantes. Se você usa um editor de imagens para realizar histórias em quadrinhos, texturas e outros moldes artísticos, essa é a melhor opção para Linux. O Krita incluiu vários pincéis, um motor estratificação avançado e suporte para edição vetorial.