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Ex-funcionário do Coritiba condenado por divulgar conversas privadas do WhatsApp

Por| 15 de Agosto de 2018 às 20h00

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Ex-funcionário do Coritiba condenado por divulgar conversas privadas do WhatsApp
Ex-funcionário do Coritiba condenado por divulgar conversas privadas do WhatsApp
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A Justiça do Paraná decidiu nesta semana condenar o ex-funcionário do Coritiba, Bruno Kafka, a pagar R$ 40 mil por danos morais, após ele ter divulgado em redes sociais e na imprensa o conteúdo de conversas privadas que rolaram em um grupo do WhatsApp.

O tal grupo se chamava Indomáááááável F.C e abrigava oito membros da diretoria do clube. Ali, eles trocavam mensagens com as mais variadas temáticas, incluindo piadas e comentários maldosos. A divulgação do conteúdo do grupo, na verdade, aconteceu em 2015, com Bruno revelando fotos trocadas e prints de conversas por aí, o que gerou uma crise institucional no clube.

Desde então, o processo judicial vinha rolando, com a acusação relatando que o grupo surgiu para facilitar a comunicação entre aquelas pessoas, que seriam amigas há anos umas das outras. Já a defesa argumentou que o ex-funcionário do Coritiba não era amigo dos demais integrantes, sendo convidado para participar das "estratégias políticas e profissionais do clube" — e, portanto, não teria dever de confidencialidade, segundo sua defesa, que também alegou que Bruno estava exercendo sua liberdade de expressão.

Contudo, o desfecho da história mostra que é preciso pensar duas vezes antes de divulgar conversas do WhatsApp por aí: o juiz responsável pela decisão considerou que a prática não foi correta, ordenando o pagamento de indenizações por danos morais no valor de R$ 5 mil para cada integrante do grupo.

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De acordo com o entendimento do juiz, uma conversa realizada no mensageiro é privada e, sendo assim, seu conteúdo deve permanecer somente ali e, além disso, divulgar mensagens sem autorização dos participantes acabou impactando na vida dos envolvidos, que, na época, foram demitidos do clube.

Em sua defesa, Bruno afirmou para o UOL que as mensagens reveladas por ele não eram de cunho pessoal, e afirmou que vai recorrer da decisão. "Tudo o que acabou sendo divulgado era ligado ao Coritiba e à gestão do clube na época. Isto fica bem claro quando se analisam as mensagens juntadas no processo. Tenho a convicção de que o Tribunal irá avaliar bem a questão e reverter isso", declarou.

Fonte: UOL