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Uber é multada em US$ 59 milhões por se recusar a fornecer dados sobre assédio

Por| 15 de Dezembro de 2020 às 10h38

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Reprodução: Dan Gold/Unsplash
Reprodução: Dan Gold/Unsplash
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A Califórnia está multando a Uber em US$ 59 milhões por a empresa se recusar liberar dados mais precisos de seu relatório sobre abuso sexual de 2019. No ano passado, a companhia soltou dados totais sobre assédio em seu serviço, dando um panorama sobre a questão. Com isso, o California Public Utilities Commission (CPUC) pediu mais detalhes sobre os casos. A multa seria pela recusa sobre tais detalhes.

O relatório envolve somente os Estados Unidos, somando aproximadamente 6 mil ocorrências de assédio sexual e abuso na plataforma entre 2017 e 2018. Destes, 1.243 foram na Califórnia.

O número fez com que o CPUC fosse atrás de mais detalhes sobre os casos. Então, o grupo pediu à Uber que informasse dia, hora e local, além dos nomes das pessoas envolvidas e a quem a reclamação foi feita. O órgão prometeu manter todas as informações sob sigilo. Contudo, a Uber se negou a entregar tais dados, dizendo que isso seria uma “chocante violação” da privacidade das vítimas. Além disso, a empresa alegou que o órgão não mostrou nenhuma garantia de que teria capacidades de manter a confidencialidade dos dados.

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Depois disso, a comissão californiana recuou no pedido e substituiu a necessidade de nomes completos por “códigos ou outro signos” no lugar do nome das vítimas. “Há um ano, o CPUC mudou o tom: nós podemos oferecer informações anonimizadas - mesmo assim, estamos sujeitos a uma multa de US$ 59 milhões por não acatar todas as ordens que o CPUC fundamentalmente alterou”, defendeu a Uber ao Washington Post.

Por hora, a Uber ainda precisa pagar a quantia. Para o CPUC, abrir tais dados é essencial para o trabalho da comissão. “A Uber não pode informar sobre a existência de um documento como esse, mas recusar a prover à Comissão fatos que circulam as reclamações e a autoria do referido documento. A Comissão seria falha em suas responsabilidades estrangulatórias se falhasse em conduzir um processo de acompanhamento da questão”, rebateu o órgão.

Fonte: Washington Post