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Reino Unido assina pedido de extradição para Julian Assange

Por| 13 de Junho de 2019 às 14h19

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Reino Unido assina pedido de extradição para Julian Assange
Reino Unido assina pedido de extradição para Julian Assange
Julian Assange

O Reino Unido anunciou nesta quinta-feira (13) que assinou um pedido de extradição para o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, acusado de mais de 20 crimes nos Estados Unidos, incluindo espionagem e divulgação de documentos diplomáticos e militares confidenciais.

De acordo com o ministro do Interior britânico, Sajid Javid, os papéis foram assinados ontem, um dia depois que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitou formalmente que a Grã-Bretanha extraditasse o australiano de 47 anos. "Ontem [quarta-feira] assinei e certifiquei a ordem de extradição que vai ser apresentada ao tribunal amanhã", disse o ministro à BBC Radio 4. De acordo com Javid, agora cabe ao tribunal "a decisão final".

Com isso, Assange deve comparecer a um tribunal de Londres para uma audiência preliminar do processo de extradição. Na ocasião, promotores dos Estados Unidos detalharão todas as acusações contra o australiano.

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Inicialmente, a acusação dos Estados Unidos era de que Assange havia invadido computadores para roubar informações, mas no mês passado foram acrescentadas 17 novas acusações, incluindo crimes que infringem o Ato de Espionagem, que proíbe encorajar, receber e publicar informações de defesa nacional. Ainda assim, muitos especialistas põem em xeque a força do argumento dos Estados Unidos: a acusação inicial contra Assange, por exemplo, desencadeou um debate sobre a Primeira Emenda norte-americana porque a obtenção de material secreto dos Estados Unidos constitui atividade jornalística protegida.

Considerando todas as acusações, Assange pode ser condenado a até 170 anos de prisão. O fundador do Wikileaks argumenta que seus atos "protegeram muitas pessoas". Ele está preso desde maio deste ano por violar condições de liberdade condicional ao se refugiar na embaixada do Equador em Londres – o movimento livrou o australiano de uma extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais.

Assange viveu por quase sete anos na embaixada até que o presidente equatoriano retirou a proteção diplomática e permitiu sua detenção pela política britânica.

Fonte: CNN e The Sun