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Análise | Battle For Azeroth traz novos e bons ares a World of Warcraft

Por| 27 de Novembro de 2018 às 13h01

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Divulgação/Blizzard
Divulgação/Blizzard
Tudo sobre Blizzard

Quando a Blizzard lançou há dois meses a nova expansão Battle for Azeroth, o barulho foi relacionado a todo um leque de conteúdos para um dos games mais antigos da companhia. World for Warcraft (WoW) tem 14 anos de história para contar, mas desde 2016 não era agraciado com um algo essencialmente novo.

O que Battle for Azeroth nos mostra é que a desenvolvedora continua a manter os mesmos acertos e erros da história da franquia. Isso significa que a Blizzard ainda sabe chamar toda a gama de fãs da Horda e da Aliança para disputarem neste universo. Contudo, ainda peca em balanceamento e acessibilidade para World for Warcraft.

A batalha

Como o nome da expansão sugere, Battle for Azeroth é baseado em uma grande guerra prestes a acontecer no grande mundo em que se passa World for Warcraft. A narrativa começa logo após a última expansão, Legion, na qual a Horda e Aliança se juntam em torno de um inimigo comum.

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Agora, vencido esse passo, ambos os lados voltaram aos problemas que geraram todos os conflitos iniciais entre eles, tentando ganhar espaço entre os cacos da destruição de tanto tempo de lutas.

A verdade é que as tensões entre Horda e Aliança se mantiveram sempre no limite, de forma que só precisavam de alguns empurrões para gerar a Batalha de Azeroth. As fagulhas iniciais acontecem por basicamente três personagens, chamados aqui de Warbringer (ou como “emissários da guerra”, em tradução literal).

O jogo passa pelo conflito pessoal de Jaina Proudmoore, uma maga que foi considerada traidora em seu próprio reino pela morte de seu pai. Ao descobrir que havia sido injustiçada quando pequena, ela volta a Kul Tiras, seu reino do lado da Aliança, e promete vingança a quem matou seu pai.

Do outro lado, pela Horda, está Sylvanas Windrunner, que decreta a morte de vários inocentes na invasão de Teldrassil. Ela ainda manda seus parceiros atearem fogo à Árvore do Mundo, símbolo máximo dos Night Elves, jogando ainda mais gasolina no problema.

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A última Warbringer é Queen Azshara, rainha da cidade de Nazjatar, que efetivamente funciona como antagonista de toda a história. Uma terceira via para o maniqueísmo entre a Horda e a Aliança.

Antes mesmo do lançamento de Battle for Azeroth, vale perceber que a Blizzard manteve a sua estratégia de preparar os jogadores para uma narrativa mais profunda. Para isso, preparou uma série de curtas cinemáticos para apresentar o que estava por vir.

O problema é que World for Warcraft ainda é muito mais sobre mecânicas, grinds e loots, o que efetivamente toma mais tempo do jogador por aqui. Isso faz com que, por mais épico e interessante que seja todo esse enredo, com o lançamento já de 7 novas histórias e a certeza de que nenhum dos dois lados sairá vitorioso (afinal há jogadores para ambos grupos), a impressão que fica é de que estamos jogando uma história passageira pintada de final.

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Assim, mesmo em Battle for Azeroth, a ideia é que, sim, a história se mantém apenas como pano de fundo para o crescimento do seu personagem, real foco deste título.

Novidades

Esta expansão adiciona dois grandes novos mapas para os jogadores. Quem jogar de Aliança vai cair no universo de Kul Tiras. O continente é dividido em três grandes ambientes e é o local em que você vai passar grande parte das primeiras horas de Battle for Azeroth.

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Este local é conhecido como um dos maiores reinos dos humanos. Por conta disso, ele é dividido em várias casas que se respeitam e se apoiam, apesar dos conflitos, mas vivem todos sob o comando de Jaina.

As regiões são tipicamente grandes vales do mundo de WoW. À exceção de meia dúzia de construções realmente complexas, floresce um grande campo com vários inimigos que tornam seu caminho sempre mais e mais demorado de atravessar.

O segundo ambiente é Zandalar, um local mais complexo pela civilização. Aqui, ele também é dividido em três grandes ambientes. Um local mais neutro e outros dois em que povos rivais se mantêm em guerra civil. Essas são basicamente as grandes novidades desta expansão em termos de área.

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Em Battle for Azeroth também há a adição de ilhas para serem exploradas em grupos de três jogadores. O bacana é que, aqui, há um caráter de multiplayer competitivo em que outro grupo pode tentar atrasar a sua busca pelos tesouros no local. As ilhas também têm desafios próprios e pequenas quests a serem cumpridas.

A barreira de entrada

Como toda expansão, Battle for Azeroth pode ter uma grande barreira de entrada para os novatos. Por conta disso, a Blizzard tenta dar certo equilíbrio à jogatina, colocando alguns balanços que pode não agradar ao fã mais longevo da franquia.

O primeiro é que a compra da expansão dá ao menos um novo personagem chegando já com nível 110. Isso garante que o jogador não precise viver as horas e mais horas de todo conteúdo das outras todas expansões do jogo, embora isso seja possível com um personagem do zero.

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O que acontece é que é preciso dar a sensação de avanço rápido. Logo, é possível que chegar ao nível 120, o máximo desta nova expansão, seja relativamente fácil, mesmo que demorado.

Com isso, os reais desafios ficam por conta das masmorras novas da expansão. Os destaques ficam pelos complexos ambientes das cidades, chamada de dourada, de Atal’Dazar e o Forte Liberdade, também um vasto caminho de opções.

Críticas

Como um jogador que há tempo não colocava a mão em WoW, fui buscar a opinião daqueles que se mantêm fiéis à franquia há anos. De um modo geral, o que se percebe é que Battle for Azeroth chega como um respiro novo para um jogo tão amado pelos seus jogadores.

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Os novos conteúdos agradaram a quem já está há mais tempo dentro do universo. Contudo, algumas questões técnicas ainda esbarram na perfeição deste novo pacote.

Primeiro, a quantidade de bugs. O game tem vários pequenos problemas que, por vezes, desanimam na jogatina. Durante os testes para esta análise, um dos jogadores sofria com o fato de que a lista de quests não aparecia de forma alguma para ele. Outro não conseguia encontrar um personagem que seria crucial para que a narrativa seguisse. Nesse caso, ele foi obrigado a desinstalar o game e instalá-lo de novo para, então, continuar com o grupo

A Blizzard, contudo, tem chat e suporte para seus jogadores em determinados horários até em tempo real. O problema, de acordo com alguns fãs com quem conversei, é que há tantos bugs que a simples necessidade de abrir um ticket para cada um já se torna um incômodo. Claro que isso tende e melhorar com o tempo, já que a Blizzard lança pacotes e mais pacotes de atualização constantemente e faz manutenção de servidores semanais.

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Já para o jogador novo, WoW também pode ter a barreira de entrada monetária. Embora a versão base do game seja gratuita, além de comprar a expansão, é preciso ser convencido também a pagar a assinatura do servidor. Isso pode fazer com que os novatos pensem duas vezes antes de em tudo que a franquia oferece.

Background

Outra barreira que pode fazer com que Battle for Azeroth, talvez, seja um produto de nicho para quem se mantém firme na franquia é que tentar subir neste barco em movimento é bastante difícil.

Se por um lado a Blizzard oferece um sem número de conteúdos em vídeos, quadrinho, curtas e outras mídias; por outro é, ao menos, aconselhável consumir tudo isso antes de cair na expansão.

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Battle for Azeroth falha bastante em situar, mesmo que oferecendo um personagem já em nível 110, o novato dentro da história de WoW até aqui. Tudo bem que são 14 anos de narrativas de um game que é conhecido pela sua imensidão de conteúdos, mas seria possível oferecer talvez um vídeo curto pelo qual o jogador novo pudesse se situar.

O modelo da Blizzard para este game parece se manter ainda na tradição de deixar na mão do jogador a responsabilidade de criar e compreender o universo da forma como melhor quiser. Incutir ao usuário o dever de ir atrás de wikis (externas à Blizzard) que explicam melhor o que é Battle for Azeroth do que a própria companhia.

Assim, para quem busca entrar agora nessa expansão deve fazer o dever de casa ou correr o risco de simplesmente não entender nada ou muito pouco da história contada.

Comunidade

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Outra questão importante do universo de WoW e que se mantém forte em Battle for Azeroth é o caráter de comunidade. Este game é feito para ser jogado com a galera, com amigos no fone de ouvido. Como um título que, em grande parte das vezes, exige muito pouco da destreza manual e atenção do jogador, pode funcionar de forma excelente como um bom pano de fundo para a descontração.

Ainda, devido à sua quantidade de informações e conhecimentos específicos, o recomendável é sempre que você tenha uma pessoa mais experiente como guia para ajudar em uma jogatina mais tranquila.

Vale a pena?

Se você já é um velho fã de World of Warcraft e ainda não pegou esta expansão, vale dizer que é um conteúdo que expande o universo sem trazer de fato novas mecânicas ou grandes mudanças para o título.

O que se tem aqui são lugares inéditos, um avanço na história e ainda novas masmorras e raides, os grandes chamarizes de WoW.

Para quem quer voltar ou entrar na franquia agora, Battle for Azeroth pode ser de difícil assimilação pela quantidade de conteúdos prévios que precisam ser consumidos para entender o mínimo que rola aqui. Mesmo assim, apesar do esforço, a história e universo muito bem criados pela Blizzard podem valer muito a pena. Afinal, não à toa, WoW é um dos maiores jogos da história dos games.

World for Warcraft: Battle for Azeroth é a sétima expansão do jogo desenvolvido pela Blizzard. O novo pacote foi lançado em 13 de agosto de 2018 para PCs, tanto Windows quanto macOS. Esta análise foi produzida com uma cópia para Windows, com pacote de assinatura, cedidos gentilmente pela Blizzard.