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10 anos de Counter-Strike: Global Offensive, o grande FPS da década

Por| Editado por Bruna Penilhas | 21 de Agosto de 2022 às 10h30

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Imagem: Reprodução/HLTV
Imagem: Reprodução/HLTV
Tudo sobre Valve

No dia 21 de agosto, um dos maiores marcos da história dos eSports completa 10 anos. Counter-Strike: Global Offensive chega ao seu décimo aniversário, sendo até hoje um dos maiores nomes entre as modalidades dos esportes eletrônicos. Para comemorar uma década de vida desse marco na indústria, o Canaltech comenta sobre o começo do jogo, sua importância para os eSports e o domínio brasileiro no competitivo.

O novo capítulo da franquia quase não aconteceu

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Os planos iniciais da Valve para o quarto título da série não eram de lançar um jogo novo para computadores. A ideia era lançar uma versão de Counter-Strike: Source para o Xbox 360, seguindo os moldes da versão de Counter-Strike para o Xbox clássico. Porém, durante o desenvolvimento da versão, a equipe percebeu que existia o potencial para um novo jogo.

Assim, nasceu Counter-Strike: Global Offensive, o quarto título da franquia e talvez o mais bem-sucedido de todos. O lançamento de CS:GO para os consoles aconteceu, podendo ser jogado no Xbox 360 e no PlayStation 3 através da PSN. O Xbox One também pode rodar o título através da retrocompatibilidade. Mesmo que o plano inicial fosse lançar uma versão nova de Source, o lançamento de Global Offensive renovou a base de jogadores que, devido à novidade de um novo jogo de tiro, voltou seus olhos para a franquia da Valve outra vez.

Muitas equipes se interessaram pelo cenário competitivo do novo título da Valve. Ninjas in Pyjamas, fnatic, Natus Vincere, VeryGames e outros começaram a fomentar a modalidade e, assim, um gigante dos eSports nasceu em 2013.

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A importância de CS:GO para os eSports

Vale destacar que, nessa época, League of Legends era o momento dos eSports. Recém lançado e começando a trilhar seus passos, LoL era um gigante em construção. Counter-Strike era uma franquia já muito bem consolidada, com campeonatos, times competitivos, mas via sua base de jogadores e de fãs estagnada.

Com o lançamento de CS:GO, a situação mudou. As equipes profissionais migraram para o novo jogo, competições começaram a acontecer e, gradualmente, o cenário de eSports tinha um novo gigante para chamar de seu. Counter-Strike: Global Offensive renovou o cenário de jogos de tiro competitivo ao manter a estratégia de torneios abertos, o que continua até hoje — alguns jogos novos, como VALORANT, adotaram o mesmo formato por algum tempo.

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Usando o sistema em que vários campeonatos aconteciam graças às empresas diferentes, as equipes contavam com um ranqueamento por pontos para conseguir se classificar para o principal evento do cenário, o Major. Considerado o maior campeonato da modalidade, o Mundial de CS ainda é um dos gigantes dos eSports, com momentos incríveis e histórias emocionantes das equipes que lutaram para chegar lá.

No quesito financeiro, CS:GO continua surpreendendo em seus números. Segundo a pesquisa do site Statista, o jogo faturou US$ 414 milhões em 2018. O site ainda possui uma pesquisa que mostra os jogadores que mais faturaram em premiações até 2022, com os brasileiros Gabriel "FalleN" Toledo faturando US$ 1,14 milhão em 2022 e Epitácio "TACO" de Melo recebendo US$ 1,09 milhão. O jogador mais bem pago da atualidade é Peter "dupreeh" Rasmussen, dinamarquês que atua pela Team Vitaly e faturou cerca de US$ 1,94 milhão em prêmios. Outros nomes, como s1mple e coldzera, também estão na casa do US$ 1 milhão.

A Tempestade Brasileira

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Não é possível falar de CS:GO sem mencionar a dinastia brasileira no jogo de tiro. O Brasil é considerado uma das potências no FPS até hoje, graças aos feitos de equipes em jogos da Valve. Porém, o que FalleN e companhia fizeram durante o auge competitivo da dinastia Luminosity/SK Gaming, é fora da curva.

O time formado por fer, FalleN, fnx, coldzera e TACO chegou ao MLG Columbus com um objetivo: fazer história. Com uma das jogadas mais incríveis já vistas em CS:GO, a equipe venceu o Major em 2016, se tornando a primeira equipe não-europeia a conseguir o feito. O time ainda conseguiu mais 3 títulos e 5 vice-campeonatos enquanto estavam jogando pela Luminosity Gaming.

Pouco tempo depois, a line-up brasileira mudou de casa, jogando pela SK Gaming. Aqui, a equipe comandada por FalleN, coldzera, fer TACO e fnx, que depois foi substituído por felps, continuaram sua dinastia. Os brasileiros venceram a ESL Cologne em 2017, garantindo o segundo Major e um lugar na história do Counter-Strike Mundial.

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Ainda com os brasileiros, a SK ganhou mais 8 campeonatos e foi vice-campeã 3 vezes durante o “reinado” brasileiro no Counter-Strike. O caminho pavimentado pela line-up brasileira permitiu que outras equipes como Immortals, FURIA, paiN Gaming, 00Nation, entre outras, conseguissem espaço fora do país para competir contra grandes equipes que estavam fora do circuito brasileiro.

O que o futuro reserva para o CS:GO?

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Ainda é difícil dizer o que acontecerá, visto que o game continua muito ativo, ainda é um dos mais jogados na Steam e seu cenário competitivo está muito bem consolidado. Mesmo com a chegada do VALORANT e antes dele, Overwatch, CS:GO continuou firme e forte em sua posição como um dos pilares competitivos nos eSports.

Alguns fãs acreditam que o FPS precisa de uma renovação, ou que a Valve deveria ser mais incisiva e tomar as rédeas do cenário competitivo. Porém, com toda a liberdade do clichê, é difícil mexer em time que está ganhando. E com uma década de CS:GO, é difícil ver o final do horizonte deste título que continua sendo referência após tantos anos.

De acordo com o Steam Database, site que mede os números de jogadores ativos nos jogos, CS:GO continua com sua média de mais de 900 mil jogadores simultâneos por dia. E, desde que virou um jogo gratuito para jogar em 2018, sua base de jogadores continua muito sólida e não parece que sofrerá alguma baixa nos próximos anos.

Com informações de: SteamDB, Dexerto e Statista (1 e 2)