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Nintendo pede aos desenvolvedores que sejam menos agressivos nas microtransações

Por| 06 de Março de 2019 às 20h45

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Nintendo pede aos desenvolvedores que sejam menos agressivos nas microtransações
Nintendo pede aos desenvolvedores que sejam menos agressivos nas microtransações
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A Nintendo, segundo informações do Wall Street Journal, está pedindo a desenvolvledores de alguns de seus jogos free-to-play para smartphones que não abusem das microtransações em seus games.

O jornal afirma que, baseado nas informações de uma fonte familiarizada com a estratégia de negócios da japonesa, a criadora dos ícones como Super Mario e Pokémon consideram os jogos como um meio de promover a sua marca e os personagens, enquanto as desenvolvedoras procuram obter lucros financeiros a partir delas. Portanto, é possível presumir que a empresa está preocupada com a possibilidade de ser criticada pela imagem de ser gananciosa em jogos para smartphones.

Um desses jogos é Dragalia Lost., um belo jogo de RPG criado pela CyberAgent Inc. na qual os jogadores precisam colecionar personagens. Quando lançado em setembro, alguns jogadores haviam reclamado da dificuldade em obter os personagens mais raros por meio tradicionais, enquanto o desbloqueio pelo sistema de loteria do jogo, onde o usuário precisa desembolsar dinheiro de verdade, seria muito mais fácil. Como resultado, a Nintendo pediu ao estúdio para reequilibrar esse aspecto do game para que os jogadores não precisassem gastar tanto.

Mikey Fahey, do Kotaku, que vem jogando o título praticamente todos os dias desde que foi lançado, diz que todas as novas atualizações desde o lançamento do jogo foram bastante generosos. Ele afirma que o jogo está, constantemente, recompensando os jogadores com tickets de invocação ou moedas do game, e disse ainda que quase toda vez que um novo evento de invocação é iniciado, são apresentados aos usuários os personagens ou dragões poderosos que podem ser obtidos facilmente — sem a necessidade de precisar pagar para isso. Dessa forma, os jogadores acabam não sendo mais obrigados a recorrer pelo pagamento real para obter os melhores itens.

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Um funcionário da CyberAgent disse que a Nintendo não está interessada “em fazer uma grande quantidade de receita com um único jogo de smartphone", e que, caso estivessem gerenciando o jogo sozinhos, teriam feito muito mais.

A DeNA Co. Ltd., outro estúdio de jogos mobile, trabalhou em todos os principais títulos da Nintendo, incluindo Miitomo, Super Mario Run, Fire Emblem Heroes, Animal Crossing: Pocket Camp e, mais recentemente, Mario Kart Tour. De acordo com o Journal, o CEO da empresa, Isao Moriyasu, disse em fevereiro que o único de seus jogos para celular que não está apresentando dificuldades é o Megido 72, um RPG bastante monetizado que a sua empresa desenvolveu sozinho.

Ao mesmo tempo, a Nintendo não parece ter desistido completamente do modelo de microtransação. Super Mario Run, por exemplo, é um jogo grátis para download que o usuário precisa desembolsar US$ 10 para aproveitar o game de forma completa, mas que não conseguiu atender às expectativas de vendas quando foi lançado em 2016. Fire Emblem Heroes, por outro lado, é um jogo que possui microtransações como Dragalia Lost, mas que trouxe cinco vezes mais receita que Super Mario Run durante seu primeiro ano.

Fonte: Kotaku