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Após manobra chinesa, Apple ameaça banir quem descumprir política de privacidade

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 22 de Março de 2021 às 12h00

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Sara Kurfeß/Unsplash
Sara Kurfeß/Unsplash

A Apple disse que aplicará as regras da App Store a todos os aplicativos, sem qualquer restrição de país, de forma rigorosa. O anúncio foi feito após relatos de que desenvolvedores chineses estariam preparando uma forma de burlar os limites impostos pela empresa para o rastreamento de usuários com fins comerciais.

A gigante com sede em Cupertino planeja lançar uma atualização do iOS 14.5 que exige permissão explícita dos usuários para coleta de dados utilizados em outros serviços e sites para publicidade direcionada. O Facebook e outras empresas que faturam com anúncios temem que a maioria das pessoas não dê essa permissão, o que impactaria nas receitas.

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Em razão disso, empresas chinesas como Baidu, a ByteDance (criadora do TikTok) e a Tencent teriam desenvolvido uma solução para contornar a política da Maçã. Eles passariam a usar um sistema chamado CAID, desenvolvido pela China Advertising Association e um grupo de estudos do governo. Esse modelo usa informações específicas do dispositivo, como o número IMEI e a localização, para criar um identificador exclusivo. A Apple disse que tais abordagens violaram suas diretrizes por mais de uma década, por isso resolveram bani-las definitivamente da loja de aplicativos.

“Os termos e diretrizes da App Store se aplicam igualmente a todos os desenvolvedores ao redor do mundo, incluindo a Apple. Acreditamos firmemente que os usuários devem ter sua permissão antes de serem rastreados. Os aplicativos que desconsiderarem a escolha do usuário serão rejeitados”, disse a gigante da tecnologia em um comunicado enviado para a Bloomberg.

Mudança desagradou empresas de tecnologia

Nesta semana, vazou uma informação de que o TikTok deve implantar uma nova política de anúncios personalizados obrigatórios. O Facebook, que inicialmente demonstrou preocupação com a medida da App Store, agora voltou atrás e considera que a novidade pode deixar a plataforma "em uma posição mais forte" junto aos seus anunciantes e usuários.

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Aparentemente, a Maçã está levando bem a sério a questão da privacidade de seus usuários. Cedo ou tarde, a empresa vai acabar descobrindo quem tentar lhe passar a perna. Resta saber se a empresa manterá a linha consistente e rigorosa na prática, especialmente contra conglomerados de tecnologia de renome.

Fonte: Bloomberg